domingo, 17 de fevereiro de 2019

Uma apóstola incansável...



Elisabetta Sanna foi uma das poucas pessoas que verdadeiramente entendeu o que era viver o Apostolado Católico, como Deus inspirou no coração de São Vicente Pallotti. Ela realizou a sua vocação ao Apostolado Católico, assumindo a vida e a missão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Sua vida foi um apostolado e o apostolado foi sua vida. Não é um simples jogo de palavras, mas uma definição aproximada da vida de uma mulher pobre, deficiente, leiga, analfabeta, que não se importou com nenhum rótulo que os outros colocaram nela, não se escondeu atrás dos seus problemas e limitações, mas usou-os como instrumentos de evangelização e de santificação.
Elisabetta Sanna nasceu em 1788, numa ilha italiana. Aos três anos de idade contraiu varíola e perdeu o movimento de um dos braços e o outro ficou limitado. Mesmo com essa deficiência, ela fazia tudo que podia pela evangelização e a santificação de todos que estavam a sua volta. Em 1831, chegou a Roma e conheceu o Padre Vicente Pallotti, o qual se tornou seu diretor espiritual e amigo de santidade.
A amizade entre Pallotti e Elisabetta não tem grande documentação que a detalhe, mas pode-se acreditar que a amizade dos dois foi altamente espiritual, pois foi o encontro de duas pessoas enamoradas pelo mesmo Amor. Elisabetta entendeu o que o Amor Infinito fez com Pallotti e o que inflamava o seu coração; ela entendeu sem grandes explicações o que Pallotti pretendia com a fundação da UAC e assumiu o papel de exemplo prático de como ser uma verdadeira “palotina”.

Elisabetta foi uma apóstola incansável! Realizou o seu apostolado orientando, evangelizando, orando e trabalhando. Conservou um espírito dinâmico, alegre, mesmo com tantos problemas, como a saudade de seus filhos e sua terra natal. Foi uma mulher de adoração, dando o grande exemplo, que não existe apostolado sem contemplação, sem uma intimidade com o Amor Infinito. Foi uma filha fiel de Maria, e como filha aprendeu o silêncio, o serviço, a pureza da Mãe. Elisabetta tinha a sensibilidade com os filhos de Pallotti como a Virgem Maria teve com os Apóstolos. Tanto, que eles a chamavam de “Mama Sanna”. Serviu aos mais pobres e abandonados, enxergando neles o próprio Jesus. Ela foi tudo para todos.
Elisabetta foi beatificada no ano de 2016 e sua memória é celebrada no dia 17 de fevereiro, data da sua grande peregrinação ao Santuário dos Céus, onde adora ao Deus, Uno e Trino, não mais escondido nas Espécies Eucarísticas, mas em sua Glória sem véu.



Rezemos pedindo a intercessão da nossa querida Beata nas adversidades da vida.
Elisabetta Sanna durante a vida foi uma grande intercessora e no céu não é diferente. Peçamos a sua intercessão nas causas mais difíceis do nosso apostolado, nos serviços pastorais, quando estivermos desanimados e com vontade de largar tudo, recorremos a Apóstola Incansável:
Santíssima Trindade, que de modo admirável enriqueceste nossa irmã Elisabetta Sanna de sabedoria, conselho e fortaleza, fazei com que a Santa Igreja a venha glorificar entre os bem-aventurados e por sua intercessão conceda-me a graça (diz o pedido) que cheio de confiança vos imploro. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
Reza-se o Pai-Nosso, Ave-Maria e o Glória ao Pai

Ir. Elson Carvalho, SAC.

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