segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

São Vicente Pallotti e seu sentimento de confiança


MomentoPalotino01
São Vicente Pallotti


e seu sentimento de confiança


Muitas pessoas, ao longo da vida, foram profundamente traídas em seus relacionamentos e vivem envoltas em um sentimento de desconfiança e desamor. Tudo é motivo para desanimar, acreditando que nada vai dar certo.Sentem-se ingratas, pecadoras, tristes e abatidas. A partir dessa realidade humana, convido-o a meditar com São Vicente Pallotti (1795-1850) sobre a confiança no amor e na misericórdia de Deus. Pallotti, pela sua profunda experiência de Deus, tem muito a ensinar a homens e mulheres do século XXI.

São Vicente Pallotti, ao longo de suas meditações em seu livro "Deus, o Amor Infinito " (1849), comenta sobre a sua realidade pessoal de ingratidão e de pecado. Fixa-se, porém, na confiança no amor infinito e na misericórdia infinita. Mas, à luz da fé, pela mesma vossa amorosíssima e infinita misericórdia, pelos méritos infinitos de Jesus Cristo, pelos méritos e intercessão de Maria santíssima, de todos os anjos e santos, tenho a firme confiança de que, por meio dos coros angélicos, misericordiosamente, me tendes comunicado e copiosamente me quereis comunicar, mas também conceder-me-eis graças tanto mais abundantes e eficazes quanto maior for a minha indignidade, sempre no sentido de que eu me valha do vosso infinito amor e da vossa infinita misericórdia, como é da vossa vontade (p. 91-92). E se a alma, que possui o Reino do amor de Deus, tiver, com humildade, amor e confiança, a intenção explícita de fazer tudo por todas as finalidades boas que agradem a Deus em tudo – elas são tantas que nós nem chegamos a compreender! – a alma merecerá, digamos, tantos paraísos à parte, isso é, o paraíso com tantos graus de glória quantos sejam os motivos bons pelos quais pense, fale e opere por amor de Deus (p. 93).
Nisso se compreende que ele depositou totalmente a confiança em Deus, bem como nos méritos de Jesus Cristo, que foi entregue aos homens (na Encarnação) pelo Pai, para a salvação de todos (cf. Jo 3, 16-17). Conta com as intercessões de Maria Santíssima, dos Anjos e dos santos para agradar a Deus e viver sempre na graça, ao ponto de ser transformado no amor pleno. Corresponder com amor ao amor infinito de Deus é a ideia que sustenta toda a vida espiritual. O amor é como uma consequência da percepção da imagem de Deus no homem. Com isso, percebe-se sua certeza de fé em Deus e a confiança de ser agraciado independentemente das suas incorrespondências. Dessa maneira, o santo se interroga: "Meu Deus, como poderei corresponder aos exageros do vosso amor que em cada momento age infinitamente sobre mim? Por mim mesmo não sou capaz de nada" (p. 239).
A confiança é fruto de uma experiência de Deus que ele vivenciou ao longo de sua vida. A conclusão dessa manifestação mística deu a São Vicente Pallotti a certeza de que Deus é amor infinito e o ama incondicionalmente. Assim, escreveu o padre palotino Achylle Rubin: "Se ele me ama, também me perdoa e, se me ama e me perdoa, eu posso confiar nele; e, se posso confiar nele, desaparecem em mim os temores". O salmista declara sua confiança em Deus: "Iahweh é minha luz e minha salvação: de quem terei medo? Iahweh é a fortaleza de minha vida: frente a quem temerei?" (Sl 27, 1). Confessa Achylle Rubin: "Invade-me um sentimento de alegria e de paz. A confiança também me dá uma sensibilidade grande para perceber que ele age em mim, na comunidade, na história, no mundo". É essa a confiança de nosso santo, que brotou duma experiência profunda de Deus amor infinito em sua vida.
O evangelista Mateus, ao relatar o sentimento da comunidade, diz que a confiança no Senhor tem seu fundamento na promessa de presença constante: "Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e o chamarão com o nome de Emanuel, o que traduzido significa: "Deus está conosco" (Mt 1, 23). Também em Mateus 18,20: "Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles". Ainda, a promessa perene do Senhor ressuscitado é reafirmada no último versículo: "Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos!" (Mt 28,20). Jesus Cristo sempre está e estará com aqueles que assumem segui-lo até o fim dos tempos. Essa promessa é sinal e motivo de confiança naquele que ama, chama e envia.
Para concluir, o salmista compara o homem que confia em Deus com uma árvore plantada na beira de um rio: "Ele é como árvore plantada junto a riachos: dá seu fruto no tempo devido e suas folhas nunca murcham; em tudo o que ele faz é bem-sucedido" (Sl 1,3).

Pe. Judinei José Vanzeto, SACO autor, colaborador da Revista Rainha dos Apóstolos,
é padre palotino da  Província N. Sra. Conquistadora

do site:  www.pallotti.com.br

São Vicente Pallotti Filho e apóstolo de Roma

MomentoPalotino

São Vicente Pallotti
Filho e apóstolo de Roma
Este artigo, o primeiro de uma série sobre a pessoa e a obra de São Vicente Pallotti, abre esta página comemorativa do Ano Jubilar, no qual serão recordados os 50 anos de sua canonização. A seguir, serão apresentados alguns dados biográficos do fundador da União do Apostolado Católico.

Vicente Pallotti, o santo apóstolo de Roma, o pai dos pobres como o denominaram os seus contemporâneos, nasceu no dia 21 de abril de 1795, no coração de Roma.
Seus pais eram Pedro Paulo Pallotti e Maria Madalenade Rossi. Pedro Paulo não era romano, pois nasceu em São Jorge de Cássia, na Úmbria, centro da Itália, como São Francisco de Assis e Santa Rita. Seus pais eram pequenos agricultores. Em busca de trabalho, juntamente com o irmão Luís, foi para Roma aos dezesseis anos. Empregou-se num pequeno negócio de produtos coloniais. Conquistou a confiança do patrão, a ponto de ser nomeado seu herdeiro testamentário. Pedro Paulo ampliou a mercearia, acrescentando os queijos, salames, salgados e outros comestíveis. Mais tarde, comprou o negócio dos herdeiros e abriu outra loja não longe da via del Pellegrino, onde morava.A mãe Madalena nasceu em Roma.
Pedro Paulo era um homem muito religioso e Madalena gozava de fama de santidade. Teve grande influência na formação humana e espiritual de Vicente Pallotti. Quando outras pessoas se admiravam do que Pallotti fazia, costumava repetir: "Isto eu aprendi de minha mãe". Sua virtude se revelou principalmente nos muitos sofrimentos que teve que suportar. Em três anos, o seu corpo foi se tornando uma chaga só: boca e estômago ulcerosos, chagas em toda a superfície da pele. Enquanto Pedro Paulo passava a maior parte do dia atrás do balcão, Madalena conduzia a vida familiar com sua presença. O padre Vicente lembrou-a "sempre solícita em recomendar o marido a Deus, sempre fiel, sempre atenta em assisti-lo". Pôs muito cuidado na educação dos filhos e os mantinha ocupados em praticar o bem, em fazer as orações, em estudar e trabalhar. Tinha em casa imagens e estátuas de Jesus e de Nossa Senhora e mandou montar um pequeno altar numa das peças da casa. Compreende-se bem porque o padre Vicente, mais tarde, pôde dizer aos primeiros companheiros: "O Senhor deu-me pais santos". Foi este o ambiente familiar em que Vicente veio ao mundo.
Os filhos são uma expressão original e inconfundível dos próprios pais, pois são profundamente marcados por eles no plano biológico, psíquico e espiritual. Assim, o conhecimento dos pais facilita a compreensão dos filhos.
Admiramos a grandeza e a riqueza de São VicentePallotti. Sem dúvida, era uma pessoa dotada de muitas qualidades humanas e cristãs. Mas esta riqueza não caiu do céu, nem pode ser atribuída toda ao seu inegável esforço pessoal, mas deve-se também, em grande parte, à influência positiva e generosa dos seus pais.
Maria Madalena de Rossi morreu em 1827, com 62 anos, e Pedro Paulo Pallotti em 1837, com 89 anos.
O casal Pallotti teve dez filhos, cinco dos quais morreram na infância. Os sobreviventes eram todos homens, nenhum deles contraiu matrimônio, de sorte que, hoje, não existem descendentes diretos do casal.
No dia seguinte ao do nascimento, o pai, mais alguns parentes e amigos, levaram o bebê à igreja de S. Lorenzo in Damaso, para batizá-lo. Na realidade, três nomes de santos, de reconhecidas virtudes, foram dados ao bebê: Vicente (penitência), Luís (pureza) e Francisco (pobreza). Essas virtudes brilharam intensamente na vida de Vicente Pallotti.
Vicente foi crismado aos 6 anos e aos 10 fez a primeira comunhão. Por ser um menino muito piedoso, foi-lhe permitido comungar todos os dias, desde que não fosse na mesma igreja. A comunhão muito frequente era então um privilégio muito raro. Assim, comungar diariamente, na mesma igreja, podia despertar estranheza e suspeita. No caso do pequeno Vicente, o privilégio se justificava porque, desde a infância, ele teve o dom do amor de Deus.
Vicente aprendeu as primeiras letras numa pequena escola do bairro. Frequentou, a seguir, o famoso colégio de São Pantaleão. Nele fez parte dos seus estudos secundários. Concluiu-os no Colégio Romano, o grande estabelecimento educacional da Companhia de Jesus, em Roma. Nesse estabelecimento, começou os seus estudos filosóficos que concluiu na Universidade de Roma, a "Sapienza", onde começou também os estudos de teologiaMomentoPalotino01.
Vicente, já na sua mais tenra juventude, mostrava interesse especial pelas coisas da religião. Com 12 anos colocou-se sob a direção espiritual de um santo sacerdote chamado Bernardino Fazzini, que foi seu confessor até o seu falecimento, e que exerceu grande influência, tanto para a escolha da vocação como da fundação da obra de Vicente Pallotti.
Mas as vocações não se fabricam. É Deus quem as dá. Aos homens, pais, mestres e diretores espirituais somente incumbe o seu cultivo. Esta foi a grande tarefa de Bernardino Fazzini.
Chegou um momento em que Vicente Pallotti sentiu-se fortemente atraído pelos grandes ideais e pelas austeridades da grande Ordem Franciscana Capuchinha. Pensou, seriamente, se devia ingressar nela ou não. Buscou o conselho do seu diretor espiritual, cuja opinião foi decisiva. Baseava-se esta em duas considerações: a primeira era a saúde deVicente, incapaz de suportar as austeridades de uma vidade convento; e a segunda era a vocação especial que Vicente deveria desempenhar, não no convento, mas no mundo. Esse conselho foi aceito sem vacilações por Vicente. Conservou, contudo, sua estima e veneração pela Ordem Franciscana Capuchinha, durante toda a vida, e obteve inclusive licença de usar, à noite, o hábito da mesma, o que fez por muitos anos. Esse hábito conserva-se entre as relíquias no Museu Pallotti, em Roma.
Aos quinze anos, em 1810, Vicente tomou a decisão de começar os estudos preparatórios à ordenação de padre. Ficou morando com os pais, porque os seminários tinham sido fechados pela Revolução Francesa. Foi ordenado padre no dia 16 de maio de 1818, com 23 anos de idade, na Basílica de São João do Latrão, em Roma.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Aconteceu...

X Romaria Ciclística da Paz
(
Dia 4 de fevereiro, após a Santa Missa celebrada pelo Arcebispo do Rio de Janeiro D. Orani João Tempesta, no Santuário da Divina Misericórdia)



Peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora da Penha - RJ

No dia 31 de janeiro de 2012, o Seminário Maior Palotino fez uma peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora da Penha. A intenção principal desta peregrinação foi consagrar todo o ano letivo a Virgem Santíssima.
         Além da intenção principal cada seminarista pode também colocar sobre o altar suas intenções particulares através da devoção do Santo Terço.
         De forma simples todos puderam experimentar a graça Divina através das mãos de Maria.

         No fim da peregrinação o reitor - Pe. Daniel Rocchetti, SAC – fez a proposta de todos retornassem a este santuário para agradecer as graças alcançadas, proposta acolhida por todos.
         Que Nosso Senhor possa nos abençoar e que a Virgem Santíssima possa caminhar com toda a Comunidade de nosso seminário ao longo do ano.          

Nov. Rafael Moura

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Tríduo em preparação da Festa de São Vicente Pallotti - Roma

do blog Palotinos do Rio de Janeiro

Nos dias 19, 20 e 21 de janeiro celebrou-se o Tríduo em preparação da Festa de São Vicente Pallotti  aqui em Roma. Este ano, com uma intenção mais forte, pois com esse Tríduo foi dado início as comemorações pelos 50 anos da canonização de São Vicente Pallotti, ocorrido no dia 20 de janeiro de 1963.
Estamos vivendo um ano jubilar na família palotina, ano de graça, onde somos convidados pelo lema : "Que a santidade de Deus brilhe" a testemunha através do nosso carisma palotino a santidade de Deus no mundo. Como dizia o Papa Paulo VI, "Hoje o mundo não precisa de mestres, mas sim de testemunhas". E com esta exortação somos impulsionados a celebrar este ano jubilar em nossas comunidade palotinas com um fé viva.

Procurarei testemunhar em poucas linhas aquilo que pude viver nesses dias. No dia 19 de janeiro iniciamos o Tríduo na Paróquia, a qual pertence a nossa comunidade, "San Carlo ai Catinari" , onde Pe. Lodi, Províncial da Província Italiana "Rainha dos Apóstolos", desenvolveu o tema na sua homilia "São Vicente no coração da Igreja de Roma". No segundo dia do Tríduo, contamos com a presença de Dom Júlio Akamine SAC, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, e meditou o tema: "São Vicente e o Batismo". No terceiro dia foi desenvolvido o tema: "São Vicente e o crescimento na vida cristã", e contou com a presença do Pe. Derry Muphy SAC, Presidente Internacional da UAC. Nessas celebrações, bem preparadas e com uma boa participação, contaram também com testemunhos de membros da UAC.
No dia 22 de janeiro, o dia de São Vicente Pallotti, as festividades contaram com a transmissão do Terço mariano e das Vésperas para toda a Itália pela Rádio Maria. Em seguida, o Superior Geral da Sociedade do Apostolado Católico (Padres e Irmãos Palotinos), Pe. Jacob Nampudakam SAC, presidiu a Santa Missa concelebrada por dezenas de padres palotinos e amantes da sua espiritualidade. Logo após a Santa Missa todos foram convidados para um Ágape no Hotel Ponte Sisto que fica ao lado da Igreja de São Salvatore in Onda para uma confraternização no estilo palotino.
Assim, demos inícios as celebrações deste ano jubilar, para mim está sendo uma oportunidade de renovar a minha vocação e poder "beber das fontes do nosso carisma", para corresponder ao convite que o lema deste ano jubilar nos propõem: "Que a santidade de Deus brilhe!"  E aproveitando a oportunidade vale a pena ressaltar que quem visitar a Igreja São Salvatore in Onda, aqui em Roma, onde está a tumba de Pallotti, poderá adquirir indulgência plena.
                                                                                                               
                                                                                                                Pe. Francisco Marques SAC 

Assista direto da igreja San Salvatore in Onda - Ao vivo

Assista direto da igreja San Salvatore in Onda - Roma - Itália, Igreja onde está sepultado o corpo de São Vicente Pallotti.

Este site foi oferecido pela Província Epifania do Senhor (Prabhu Prakash), Índia, como um presente pelo Ano Jubilar, e foi projetado, juntamente com o Comitê do Jubileu em Roma, pelo Pe. George Madeikkal, diretor, e pelos professores R. B. Gowardhan e Ashish Lawrence da Faculdade de Engenharia e Tecnologia São Vicente Pallotti, pertencente à mesma Província Epifania do Senhor na Índia.

http://www.ustream.tv/channel/ss-salvatore-in-onda

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Novas Fotos

Temos novas fotos em nosso blog

Site para o 50 º aniversário da canonização de São Vicente Pallotti

Sito_UAC_India
Foi criado um site para o 50 º aniversário da canonização de São Vicente Pallotti: www.unionofcatholicapostolate.org O site é essencialmente uma ferramenta para fornecer informações e notícias do Comitê "Família Palotina em festa" sobre o andamento das celebrações do jubileu, e receber de todo o mundo onde há a notícia da família palotina e informações sobre iniciativas locais. Este site é um presente da Província da Epifania (NA) e foi projetado por Pe. Madeikkal George, administrador, e pelos professores R. B. Ashish Gowardhan e Lawrence da Faculdade de Engenharia e Tecnologia São Vicente Pallotti,em Nagpur, Índia,  pertencente à mesma Província.

FONTE: Sociedade do Apostoaldo Católico (sac.info)