Gostaria de escrever este artigo, como se fosse uma conversa contigo, meu
querido leitor. Pudera estarmos juntos, olho a olho, perto... talvez em torno de uma
mesa de lanchonete, tomando um açaí e conversando. Mas não é possível estar em
todos os lugares para conversar olho a olho com todos os meus leitores de agora;
portanto, imagine-se onde melhor gostaria de estar e com as melhores pessoas que
gostaria de estar.
Pois bem, imaginou?
Agora complico a situação e é este o motivo, o coração mesmo deste artigo,
que quero escrever/falar/ conversar com você. Faço-te uma pergunta inquietadora,
que me fiz recentemente e que tanto me tumultuou aqui dentro:
As pessoas que estão ao teu redor, estas mesmas que você gosta e as imaginou
contigo neste lugar especial, sim, elas mesmas, elas te amam pelo melhor ... e também
pelo pior de ti?
Ufa, um soco, não é?
Pois é, elas te amam pelo teu melhor... pelo melhor que você é e também pelo
pior de você mesmo?
Respire fundo. Faça um breve exercício: inspire, expire... inspire, expire...
inspire, expire... Acalme-se.
As leituras do 6º Domingo da Páscoa giram em torno da revelação do Amor
Divino, que é Deus, como explica João (1 Jo 4,7-10): Deus é Amor! E este Deus-Amor,
no Evangelho nos convida a permanecermoss n´Ele (Jo 15,9-17), pois só quando
permanecermos no Amor nossa alegria realmente será completa.
E a quem Deus ama? Ora, na primeira leitura Pedro faz uma profunda
experiência desta revelação amorosa de Deus: “Na verdade, eu reconheço que Deus
não faz acepção de pessoas, mas, em qualquer nação, aquele que O teme e pratica a
justiça é-Lhe agradável” (At 10,25-26.34- 35.44-48). Deus não faz acepção de pessoas.
Deus ama. Todos os que O temem e que buscam praticar a justiça, Ele ama.
Deus não faz acepção de pessoas! Deus ama! E acrescentou São Paulo em sua
carta ao Romanos: “Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso
favor quando ainda éramos pecadores (Rm 5,8)”. Ou seja, Deus nos ama conhecendo o
melhor e o pior de nós mesmos.
Sabem, meus leitores, somos Cristãos, e como tais, somos convidados a
Permanecer no Amor, para experimentá-Lo e sermos n´Ele resgatados e salvos. Mas
ainda tem algo importante: como Cristãos, somos convidados a Permanecer no Amor,
para sermos capazes de exercê-Lo em nossas relações, amando e experimentando ser
amados pelos outros, na melhor e na pior de nossas versões.
Pe. Daniel Luz Rocchetti, SAC - Reitor do Seminário Maior Palotino (RJ)
Quando comecei a ler sabia era suas palavras e logo comecei a chorar , que maravilha essa página que Nossa Senhora te abençoe.
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