Neste domingo, dia 13 de agosto, comemora-se, civilmente, o dia dos pais. E nossa comunidade quer dedicar um pequeno momento para partilhar sobre a questão da paternidade.
A paternidade é dom de Deus, no qual Ele confia ao homem a educação, no amor. Algum tempo atrás, o dia dos pais era comemorado no dia dedicado a São Joaquim, pai da Virgem Maria. Uma vez que ele era uma figura de paternidade, que ao longo do tempo foi trocado a data por motivos comerciais, e a figura de São Joaquim, destacou-se mais com a função de avô, o que não deixa de ser pai também. Tornando-se, assim, São José o exemplo singular da paternidade.
São José também está incluso na história da salvação. Deus ao enviar seu Filho ao mundo, pensou e preparou aquele no qual seria o Seu pai adotivo. São José é pai de Jesus Cristo desde do coração de Deus. O Espírito Santo modelou o coração de São José, um coração paterno. Já na concepção de São José, Deus pensou para ele essa missão de ser pai, e mais, ser pai do Filho de Deus. Quão graça teve São José nesta tamanha missão.
Confiamos a Deus, nossas preces, por intercessão de São José a vida e vocação de nossos pais. O dom da paternidade não se reduz somente a geração da vida, mas sim tornar-se exemplo e canal do amor de Deus. O maior presente que um pai pode dar ao seu filho é uma boa base religiosa. Esses que Deus confiou o dom da paternidade, sintam-se impelidos pelos dons do Espírito Santo para a educação de seus filhos.
E neste mesmo espírito, dedicamos um momento àqueles que foram chamados a ser pai de muitos. Homens que foram separados por Deus para serem celibatários, mas não deixando de ser pai. Pai este, não biológico, mas sim espiritual. A paternidade espiritual é dom de Deus no qual educam seus filhos para a vida espiritual.
Esses homens que doam sua vida numa profunda intimidade com a Santa Igreja e com ela, geram vidas. Padres que estendem as suas vidas não mais somente a Cristo, mas também à Igreja. Homens que venderam todos os seus bens para comprarem o terreno que possui o tesouro, e tal tesouro não reservam somente para si, mas torna-se disponível cada dia aos demais. A paternidade espiritual é um fiel compromisso e não uma função. Ela não deixa o homem quando se completa as horas de trabalho, mas se perpetua ao longo da sua vida de pastor. O pai espiritual se esforça para edificar-se e assim transbordar a graça de Deus àqueles que Deus o confiou. Como diz São Vicente Pallotti, não podemos ser indiferente à santificação do próximo. O pai espiritual se sacrifica para auxiliar seu filho no crescimento espiritual. O olha como dádiva de Deus e deseja orientá-lo de volta a Ele. Todo sacrifício é válido para conduzir o filho a Deus. E como diria São Paulo, e que repetiu por muitas vezes São Vicente Pallotti: "A caridade de Cristo nos impele". Nada se torna difícil para aquele que ama.
Que Deus abençoe todos aqueles que foram confiados esta paternidade espiritual. E cada religioso se sinta impulsionado também a essa graça divina. Permitindo modelar-se pelo Espírito Santo e assim ser verdadeiras pontes que levam seus filhos a Deus. E Nossa Senhora, Rainha dos Apóstolos, nos acompanhe nesta educação espiritual e aproximarmos mais de Deus.
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