No dia de hoje, 31 de agosto, último dia do mês considerado das vocações, queremos partilhar um pouco com vocês qual a visão sobre o discernimento vocacional e a verdadeira vocação segundo Pallotti, já encontrado em nossa Ratio Institutionis:
"A prática do discernimento nasce no Antigo Testamento e se recomenda no Novo Testamento, principalmente em S. Paulo e S. João. O apóstolo João, na sua primeira carta, põe em guarda os cristãos no sentido de que adquiram uma atitude crítica diante das inspirações: “Caríssimos, não acrediteis em qualquer espírito. Examinai primeiro se os espíritos são de Deus” (1Jo 4,1). Nas cartas de S. Paulo encontra-se todo um processo de discernimento da vocação:
a. Deus dá a certeza da vocação divina: “Quando aprouve àquele que me reservou desde o seio de minha mãe e me chamou por sua graça, para revelar seu Filho em minha pessoa” (Gl 1,15);
b. Tal chamado deve ser verificado pela comunidade eclesial e pelos seus responsáveis: “Três anos depois, subi a Jerusalém para conhecer Cefas e fiquei com ele quinze dias” (Gl 1,18). Portanto, dentre os critérios, mediante os quais pode-se ter certeza de que uma determinada inspiração provém realmente de Deus, há “o imediatismo de Deus na docilidade eclesial” e “a escuta de Deus na vida pessoal passa necessariamente através da mediação da igreja, na leitura dos sinais dos tempos da sociedade em que se vive”. Aliás, S. Paulo encoraja os Efésios: “Não sejais imprudentes, mas procurai compreender qual seja a vontade de Deus” (Ef 5,17). Entre os sinais que confirmam a vontade de Deus temos a experiência: da assim chamada consolação na oração, de um gosto ou então de uma inclinação para as coisas de Deus, e de um desejo de servi-lo na Igreja de Jesus Cristo.
Se a palavra discernimento significa “provar”, “experimentar”, “examinar”, ela nos introduz na natureza deste período da formação palotina. É preciso um tempo para provar, experimentar ou examinar o candidato à Sociedade:
a. a ver se, nele, vêm à tona os sinais de uma vocação à vida consagrada na Sociedade do Apostolado Católico;
b. se existem as condições fundamentais de saúde, capacidade intelectual, espiritual e moral, necessárias para seguir na vida consagrada;
c. se e quais sejam as circunstâncias que possam tornar difícil o processo;
d. Se ele é chamado a seguir Jesus, o Apóstolo do Eterno Pai, na Sociedade e na União;
e. se e qual ajuda a Sociedade possa oferecer ao jovem para ele entender o sentido de sua vida e descobrir a sua vocação de filho de Deus.
A vocação é um dom de Deus, mas é também um compromisso da pessoa. Pallotti gostava de falar de correspondência à vocação. ("Corresponder com humildade e gratidão ao divino chamado" - OOCC X, p. 584). Pedia perdão a Deus por sua “pouquíssima correspondência à vocação” (OOCC X, p. 582). Julgava que para ser padre era preciso ter uma vocação (“Vou implorar ao Senhor que não permita que eu, ou outros, entrem para o Ministério Eclesiástico se não são chamados, e que aos que nele já estão os santifique, e que torne chamados aos não chamados, e santifique e faça com que correspondam à vocação os verdadeiramente chamados” - OOCC X, p. 562). Ele falava também do “espírito de sacrifício”, que pertence à vocação (“E, como Nosso Senhor Jesus Cristo entrou no mundo, viveu e morreu com o espírito de sacrifício, assim, com maior perfeição que os leigos devem entrar no Santuário com o espírito de sacrifício” – OOXX I, pp. 157-158.) , enumerando os autênticos sinais dela: “verdadeiro talento, índole admiravelmente antecedida pela graça, inclinação decidida pelo Santuário, e... todas as outras qualidades virtuosas e favoráveis, de que se adornam os que dão fundada esperança de poder chegar a ser ótimos operários evangélicos”.
A vocação é um dom de Deus, mas é também um compromisso da pessoa. Pallotti gostava de falar de correspondência à vocação. ("Corresponder com humildade e gratidão ao divino chamado" - OOCC X, p. 584). Pedia perdão a Deus por sua “pouquíssima correspondência à vocação” (OOCC X, p. 582). Julgava que para ser padre era preciso ter uma vocação (“Vou implorar ao Senhor que não permita que eu, ou outros, entrem para o Ministério Eclesiástico se não são chamados, e que aos que nele já estão os santifique, e que torne chamados aos não chamados, e santifique e faça com que correspondam à vocação os verdadeiramente chamados” - OOCC X, p. 562). Ele falava também do “espírito de sacrifício”, que pertence à vocação (“E, como Nosso Senhor Jesus Cristo entrou no mundo, viveu e morreu com o espírito de sacrifício, assim, com maior perfeição que os leigos devem entrar no Santuário com o espírito de sacrifício” – OOXX I, pp. 157-158.) , enumerando os autênticos sinais dela: “verdadeiro talento, índole admiravelmente antecedida pela graça, inclinação decidida pelo Santuário, e... todas as outras qualidades virtuosas e favoráveis, de que se adornam os que dão fundada esperança de poder chegar a ser ótimos operários evangélicos”.
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