Experiência Pastoral no Amazonas
Nesta
cidade permaneci até o dia 17 de julho, quando o padre Marcelo Néspoli
SAC foi ao meu encontro, a fim de me conduzir a Paróquia de Santo
Ângelo, pertencente ao Setor Rio Negro da Arquidiocese de Manaus, na
cidade de Novo Airão. Com o padre Marcelo fiz parte da chamada “Missão
do Rio Jaú” junto das comunidades ribeirinhas mais distantes, nas
regiões do médio e alto Rio Negro. Nestas comunidades realizamos visitas
as famílias, rezamos o terço da Misericórdia e de Nossa Senhora – que
se revelaram instrumentos fortes, diante da experiência popular de fé
nestas comunidades. Realizei catequeses sobre os sacramentos e preparei
estas comunidades para a participação na Eucaristia, enquanto o padre
Marcelo atendia as confissões. Celebramos a Santa Missa com alguns
batizados e imposição dos escapulários do Carmo ao fim de cada Santa
Missa. Apesar do pouco tempo que passamos em casa comunidade, tive a
oportunidade de me aproximar daquelas pessoas e ouvir um pouco do dia a
dia nestas comunidades.
No
barco de nossa missão – Santa Maria do Rio Negro – permaneci do dia 17
ao dia 20 de julho, neste dia celebramos a Festa de Santo Elias,
padroeiro da localidade de Airão Velho, ali conheci um pouco da história
desta região, localizada no Médio Rio Negro. Dali o padre Marcelo
seguiu, no dia seguinte, em missão para o Rio Jaú, ainda visitaria
nossas comunidades mais distantes, até chegar ao limite de nossa
Paróquia na comunidade do Tambor. No mesmo dia a noite, após as
celebrações e festejos, eu comecei minha viagem de volta a Novo Airão.
De carona em uma embarcação, segui até a comunidade do Curidiqui onde
fui muito bem acolhido na casa de uma família. Dali parti as 3h do dia 21 de
julho, junto a um dos membros da comunidade, que iria para Manaus junto
do filho, e para isso embarcaria num barco maior chamado “Recreio”.
Pelas 4h15min no meio do Rio Negro, trocamos de embarcação, saímos da
canoa da comunidade, para esta embarcação maior. E, assim terminou meu
pequeno retiro junto ao Padre Marcelo, as comunidades ribeirinhas e a tripulação do Santa Maria do
Rio Negro.
Em resumo, posso partilhar que a experiência foi tão desafiadora quanto bela, especialmente aquela junto das comunidades riberinhas. Também o testemunho de nossos padres foi muito edificante: a acolhida fraterna, a simplicidade de vida, a proximidade do povo, a vida oração, o ardor missionário...Enfim, sem me dirigir nenhum sermão me ensinaram muito acerca da missão e da vida fraterna. Os desafios são muitos – como em todos os lugares –, contudo nenhum deles é tão grande que não possa ser enfrentado com a graça de Deus e a ajuda dos confrades. Ali está presente uma parcela do povo de Deus que nos foi confiada. Por isso o mandato missionário do Senhor permanece vivo, Ele chama a todos - inclusive nossos jovens e leigos. E a todos promete ser ele mesmo a recompensa por “cada esforço e cada cansaço”, o prêmio pelo zelo e amor dedicado ao anúncio do evangelho e serviço dos irmãos.
Fr. José Luiz Alves da Silva Junior, SAC.
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