Com grande expectativa e emoção realizamos em 23 de junho de 2018 o VI Congresso da Divina Misericórdia. O Congresso teve início com a Missa celebrada pelo aniversariante do dia Dom Orani João Tempesta e contou com a presença do bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro, Dom Roque Costa Souza, que celebrou naquela data 6 anos de ordenação episcopal. Muitas graças concedidas neste dia!
Com grande satisfação padre Daniel Rocchetti, reitor do Seminário Maior Palotino abriu o Congresso com a palestra “O apostolado dos leigos na visão de São Vicente Pallotti”. Ressaltou, sobretudo , que todos somos chamados à santidade. No Caminho da santidade estão diante de nós três preocupações: 1ª. preocupação: evitar o pecado; 2ª. preocupação: progredir no bem; 3ª. preocupação: unir-se a Deus. Padre Daniel citou a passagem 1317 do Diário em que Jesus fala à Santa Faustina que “Se a alma não praticar a misericórdia de um ou outro modo, não alcançará a Minha misericórdia no dia do Juízo”. Também no Diário - 1578 Jesus fala “Eu mesmo me ocupo com a santificação dessas almas: Eu lhes fornecerei tudo o que for necessário para a sua santidade.” Ainda no Diário -742 “Eu te indico 3 maneiras de praticar a misericórdia: a primeira é a ação,a segunda é a palavra e a terceira a oração” .
Na segunda palestra, cujo tema “O Espírito nos leva ao Encontro da misericórdia” pudemos vivenciar o trabalho do leigo em uma comunidade de vida com a presença de Paulo Diniz, fundador da Comunidade Católica Santos Anjos. Insistiu que nosso caminho é um caminho de oração pessoal todos os dias e que “Deus quer que possamos experimentar sua misericórdia como graça do Espírito Santo”. E nos tempos em que vivemos hoje, cheio de novas ideologias, Paulo Diniz lembrou que também “os jovens precisam de misericórdia”. Muito tocante foi sua colocação de que “as folhas na bíblia são folhas da carne de Jesus”.
Concluiu sua fala narrando um episódio em que não quis seguir Jesus Eucarístico que estava passando e, ao olhar para o lado, percebeu um irmão deficiente físico acompanhando a procissão com dificuldade, mas, apesar da limitação, seguia Jesus com muita fé e, a partir daí, tomou para si o seguinte propósito: “Enquanto eu tiver forças e tiver duas pernas, vou correr atrás de Ti, Senhor”. Amém!
Em um clima de grande alegria, chegamos à terceira e última palestra ávidos por ouvir a abordagem que o Padre Alexandre Paciolli faria sobre o tema “Coração misericordioso e coração manso e humilde.”
Com a polidez e o entusiasmo, que lhe são peculiar, o Padre Paciolli trouxe para nós questionamentos que suscitaram profundas reflexões: O que é mansidão? Você é manso quando entra no ônibus? Você é manso quando está no trânsito dirigindo seu carro?
Enumerou três segredos para obtermos a mansidão: 1º) Trabalhar a mansidão; 2º) Ter intimidade com o Espírito Santo e 3º) Silenciar. Acrescentou à esses três segredos, um quarto segredo de grande relevância para nós católicos: “A verdadeira devoção à Virgem Maria”. Disse que quem é devoto de Nossa Senhora é chamado por Deus a viver as virtudes de Jesus em Maria.
Enfatizou que a mansidão e a humildade são virtudes intercaladas. Não basta ser manso sem ser humilde e não basta ser humilde sem ser manso. Os dois atributos complementam-se. Disse que o homem é humilde quando diante de Deus reconhece sua pequenez e que a verdadeira humildade nos leva ao encontro da vontade de Deus.
Encerrou a palestra advertindo que para exercer a misericórdia temos que ser, antes de mais nada, obedientes e que o coração misericordioso é aquele que serve com humildade e mansidão.
A surpresa que nos aguardava não poderia ser mais intensa, expressiva e santificadora. Fomos agraciados pela grande alegria de conviver, por alguns minutos, com pessoas reconhecidas por nós por suas virtudes especiais e por sua dedicação em edificar o Reino de Deus. Pessoas cujas vidas servem de testemunho e de exemplo para nós. Todas elas obedientes, mansas e humildes de coração. Seres humanos que tiveram uma vida terrena como a nossa, mas que souberam assumir a vontade de Deus em suas vidas. Estavam lá, cada um em sua “cela”: Guido Schaffer, Elisabetta Sanna, Alexandrina de Balazar, Luís Martin e Zélia Guérin (pais de Santa Teresa de Lisieux) e Frederico Ozanan. Na verdade, paroquianos que se dispuseram a se revestir de Santos para verbalizar, de forma amorosa, como é possível ser um amigo de Deus, viver perto dEle, renunciar a tudo por Ele.
Esse foi um momento de grande conexão com o Céu. Momento em que pudemos olhar e tocar na santidade, ficar face a face com ela. Experimentar e refletir que, também para nós, a santidade é possível.
Os momentos que sucederam a essa experiência, face a face com a santidade, foram indescritíveis. As emoções que foram provocadas por esse encontro, por essas visitas, geraram reações físicas diversas como choro, vermelhidão, tremor e respiração ofegante. Todos estavam muito tocados, sensibilizados e impactados pela forte experiência vivida e pela atitude reflexiva por ela gerada.
Experimentamos, ali, o que Santa Faustina descreve em trecho do Diário - 507: “Já aqui na Terra podemos saborear a felicidade dos habitantes do Céu, pela estreita união com Deus.”
O caminho já nos foi dado, não nesse momento, mas, constantemente, pela presença de Jesus Cristo em nossas vidas. O olhar, agora, é que é novo já que a experiência de proximidade com os Santos tocou, fortemente, em nossa alma e em nossa carne.
“A busca de santidade é para todos. Somos convidados a nos revestir das entranhas da Misericórdia”. (Padre Daniel Rocchetti, SAC)
Se tens Cristo no centro de tua vida, verticaliza-te!
Busca tua santidade!
Hildenê Elizabeth S.M. dos Santos e Mônica Nardy.
(Fotos: Pascom do Santuário da Divina Misericórdia)
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