De acordo com a visão de São Vicente Pallotti, o apostolado
não é privilégio ou monopólio nas mãos de alguns, mas é propriedade de todos os
cristãos[1].
Todos são chamados ao apostolado, e assim, obrigados pelo mandamento da caridade,
a procurar a própria salvação e a salvação eterna do próximo[2].
Para propagar a fé e reacender a caridade
em todo o mundo, São Vicente Pallotti faz uma proposta inovadora em seu tempo: “convidar
também os leigos” de qualquer estado de vida, grau de instrução,
profissão e condição social, a assumirem o apostolado na Igreja de Jesus Cristo[3].
Esses, animados de verdadeira fé e caridade cristã, e utilizando-se
dos meios temporais, com ações específicas em seu campo de trabalho, são
convidados a serem verdadeiros cooperadores para o crescimento do
Reino de Deus. Pallotti se dirige ao Povo, propondo uma adesão de todos a
assumirem a missão de cooperadores na missão salvífica[4].
Os leigos deveriam ser agentes ativos e não receptores
passivos, destinatários da Evangelização, pois também eles, pelo batismo são
apóstolos.
Em sua vida pessoal, São Vicente Pallotti já havia
realizado de maneira dinâmica e eficaz a experiência apostólica, e sentia a necessidade
de expandir essa missão e de envolver a todos na busca da própria santificação
e a santificação das almas. Motivando os leigos a assumir o apostolado
Católico, Pallotti não somente adverte sobre a falta de operários para promover
a fé onde ainda não existe, mas, em unir as forças para reavivá-la e
reforçá-la entre os cristãos. Pallotti encontra um lugar para cada cristão na
Ação Evangelizadora, mas enfatiza com veemência, que as ações devem ser realizadas em unidade e não isoladamente. Segundo
São Vicente, não existe obra mais agradável a Deus, que cooperar para a
realização da Sua vontade na salvação de todos. Pallotti exorta a todos a compreenderem
sua vocação
particular e a fazer parte dessa obra, realizando com amor e generosidade o
Projeto de Salvação, iniciado pelo Senhor.
O Apostolado Católico de Pallotti é uma manifestação
visível do chamado de Deus a reunir todos os cristãos, não em
vista de uma organização, mas em vista primeiramente, de um empenho pessoal, no
qual cada pessoa motivada pelo amor de Cristo e pelo desejo de salvação do
próximo, se esforce o máximo possível em fazer de sua vida um sinal visível e
eficaz de cooperação do plano salvífico de Deus.
Pe. Elmar Neri
Rubira, SAC
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