
Olá caríssimos coirmãos na Vida Palotina!
Estamos vivendo
um tempo (Kairós) em que nós, se não estivermos dóceis à ação do Espírito,
perderemos a oportunidade do plano do Pai desenvolver em nossa vida consagrada.
Parece algo normal em uma comunidade de Vida apostólica celebrar um Jubileu de
seu fundador; mas, se os membros viverem em uma constância vigilância, saberão
compreender a tão importância de mergulhar na profundidade desta solene celebração
dos 50 anos de canonização do Nosso Pai e Fundador, São Vicente Pallotti.
Percebam-se
que não é uma mera coincidência. Pallotti há 50 anos está oficialmente venerado
nos altares da Santa Mãe Igreja; ao mesmo tempo, Esta também está vivenciando o
Seu rejuvenescimento (Concílio Ecumênico Vaticano II) que recebeu da Voz do Espírito
(cf. Ap 2,29) e que a levou a experimentar uma verdadeira Primavera Eclesial,
com a qual fez desabrochar ainda mais
muitas e diversas flores com as quais damos o nome de carismas para o Novo
Milênio!

É
precioso demais, meus irmãos da SAC, da UAC, a decisão do Santo Padre, O Beato
João XXIII executar imediatamente em pleno Concílio Vaticano II, a permissão
desta Canonização de Nosso Fundador. ISTO É MAGNÍFICO! Pois, Pallotti nos
deixou um carisma que praticamente é o expoente de tudo que Santo Concílio
reservou para a Igreja de:
“ pôr em
manifesto [e] com maior insistência, aos fiéis e a todo o mundo, a sua natureza
e missão universal.”(Lumen Gentium, 1),
ou seja, de conscientizar o fiel batizado de que ele é também corresponsável na
Missão salvífica da Igreja: “Todos, grandes e pequenos, formados,
estudantes, operários, ricos e pobres, padres leigos, religiosos e seculares,
comerciantes e empresários, funcionários, artistas e artesãos, comunidades e
indivíduos. Cada qual no
seu próprio estado, na própria condição, de acordo com os próprios dons, podem
dedicar-se às obras do APOSTOLADO CATÓLICO para reavivar a fé e reacender a caridade
e propagá-las em todo
mundo. (Apelo de São Vicente Pallotti ao povo de Roma, 1835)” sendo
assim com este apelo que é a espinha dorsal do nosso carisma palotino, o mesmo
Documento Conciliar que fala da Missão da Igreja no mundo (Lumem Gentium)
completa assim: “... para que deste modo os homens todos, hoje mais
estreitamente ligados uns aos outros, pelos diversos laços sociais, técnicos e
culturais, alcancem também a plena unidade em Cristo”(1). Viram? Pallotti
escreveu seu Apelo em 1835, e o último Concilio realizou-se a partir de 1963. O
nosso Santo foi uns de tantos prelúdios dos séculos anteriores que já havia
apresentado de antemão, através da correspondência de sua vocação, o mesmo
desejo que o Apóstolo do Eterno Pai aguardava o tempo da graça a ser
manifestado em sua Eclésia (Igreja).

Por isso amados, estou muito
entusiasmado e convicto de que o Pai vai muito utilizar deste nosso carisma
palotino, pois é, inegavelmente, uns de tantos carismas para este Novo milênio,
de que já se iniciou. E se Ele vai usar, entra a nossa imensa responsabilidade
em estar atentos e vigilantes com os dons que nós temos para cooperar no
Apostolado do Cristo em resgatar os homens e as mulheres: os que têm Fé,
aumentar ainda mais; e àqueles “não têm”, reacender neles o que o Criador já
havia colocado na criatura humana: o desejo de buscá-Lo sempre.
Deixo
aqui a intercessão de sermos bons palotinos na Messe do Senhor.
+
AIDG +
Pe Juliano Guilherme SAC
membro da Região Mãe da Misericórdia do Rio de
Janeiro - RJ
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