“Assim somos nós, semelhantes a uma mudinha de árvore, fora de lugar, além de precisarmos de muito, não dá para viver, mas sobreviver, jamais atingimos a plenitude à qual fomos chamados por Deus: alcançar a estatura de Cristo, como nos diz o Apóstolo aos Efésios: ‘... a medida da estatura da plenitude de Cristo’. Estar no devido lugar, por conseguinte, é imprescindível para crescer e se desenvolver humana e espiritualmente.
Afinal, perguntemo-nos: por que preciso encontrar meu lugar na sociedade, na Igreja, na minha família, enfim, em minha comunidade? Para, simplesmente, ser eu mesmo, como Deus sonhou-me e criou. Isso é vocação. Deus me chama para ser eu mesmo em um preciso lugar”.
É assim que no ano vocacional de 2019, visitamos o Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro, para conhecer mais de perto o chamado ao monaquismo e a vida contemplativa.
Na Igreja de Nossa Senhora de Montserrat, a Santa Missa em canto gregoriano nos convida a entrar na espiritualidade monástica, em especial, a beneditina, onde a oração, como pedra fundamental, nos conduz, nos faz crescer, ilumina e nos transforma.A vista do Mirante e do alto do Mosteiro nos fazem perceber e contemplar a beleza da cidade que se misturam as maravilhas de Deus.
O Bispo Dom Jeremias e o Irmão André, que nos guiou nessa visita, nos apresentaram, em pequenas partilhas, o chamado de Deus e a Vida Monástica, seus elementos espirituais e também seus afazeres.
De volta a Igreja, uma apresentação detalhada e histórica de sua estrutura, nos mostram os detalhes na madeira, suas imagens e altares e o coro onde os Monges realizam o Ofício Divino. A capela do Santíssimo Sacramento, de 1795, com sua riqueza de detalhes, nos leva a acolher o ensinamento de São Bento, de procurar a Deus.
“A espiritualidade beneditina preenche o tempo com a consciência da presença de Deus e a vida monástica nos leva a perceber as maravilhas de Deus que estão ao nosso redor e que devemos convidar a todos a aprender e reverenciá-las.”
E é fazendo nossas as palavras do Papa Emérito Bento XVI, que agradecemos ao Dom Jeremias, ao Irmão André, a todos os monges do Mosteiro de São Bento e demais Mosteiros, por toda a sua entrega a esta vida monástica e pedimos a Deus que os abençoe e renove em cada um o ardente desejo de servir a Deus e ao mundo com a mais poderosa arma da oração.
“Compete, sobretudo, a vós, queridos monges, ser exemplos viventes desta interior e profunda relação com Deus, realizando sem sujeições o programa que vosso Fundador sintetizou no ‘nada antepor ao amor de Cristo’. Consiste nisto a santidade, proposta válida para cada cristão, e mais do que nunca na nossa época, na qual se sente a necessidade de ancorar a vida e a história em firmes referências espirituais. Por isso, queridos irmãos e irmãs, é atual como nunca a vossa vocação e é indispensável a vossa missão de monges”.
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