“Viva
a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida! Viva a Virgem Imaculada, a Senhora
Aparecida!” Com as palavras deste canto tão querido ao povo brasileiro,
São João Paulo II deu início a homilia que pronunciou na Dedicação
da Basílica Nacional de Aparecida, em 4 de julho de 1980. Em seguida, cheio de admiração pela fé do
nosso povo disse: “desde que pus os pés
em terra brasileira, nos vários pontos por onde passei, ouvi este cântico. Ele
é, na ingenuidade e singeleza de suas palavras, um grito da alma, uma saudação,
uma invocação cheia de filial devoção e confiança para com aquela que, sendo
verdadeira Mãe de Deus, nos foi dada por seu Filho Jesus no momento extremo da
sua vida para ser nossa Mãe”.
Neste ano comemoramos
os 300 anos do encontro da imagem milagrosa de Nossa Senhora da Conceição
Aparecida, padroeira do Brasil. Três
pescadores, Filipe Pedroso, Domingos Garcia e João Alves, após várias
tentativas frustradas no lanço das redes, colheram a maior e mais valiosa pesca
de suas vidas. Primeiro, o corpo da santa, em seguida sua cabeça. Para fé
daqueles homens o sinal era claro: a Virgem Mãe que não despreza as súplicas de
seus filhos em suas necessidades apareceu para socorrê-los. “E
continuando a pescaria, não tendo até então tomado peixe algum, dali por diante
foi tão copiosa a pescaria em poucos lanços, que receoso, e os companheiros de
naufragarem pelo muito peixe que tinham nas canoas, se retiraram as suas
vivendas, admirados deste sucesso” (Este é o relato do Livro do Tombo da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá,
datado do ano de 1757)[1].
Assim como
fez o discípulo amado, Filipe Pedroso levou a imagem milagrosa da “Mãe de Deus e nossa” para sua casa.
Posteriormente seu filho Atanásio Pedroso construiu um pequeno oratório onde
colocou a Imagem da Virgem. O povo ali se reunia para rezar o terço aos sábados
e devido à ocorrência de diversos milagres, a devoção a Nossa Senhora Aparecida
começou a crescer. E hoje, somos uma nação consagrada Àquela que apareceu nas
águas do Rio Paraíba para socorrer a necessidade do nosso povo, tal como um dia
havia feito em Caná da Galiléia. Como outrora, a Virgem Maria “encaminha
ao Filho as dificuldades dos homens, obtendo dele as graças desejadas” (São
João Paulo II).
Que neste
jubileu, onde comemoramos os 300 anos de bênçãos derramadas sobre o Brasil,
supliquemos a Mãe Aparecida, que continue a olhar por nosso país e proteja a
nós, seus filhos. Aquela, que acreditou nas promessas do Senhor, nos ensine a
ter esperança. Ela que soube esperar, e viu realizada a promessa de Deus, nos
ensine a esperar ativamente, sem perder a fé, porque a Deus coisa alguma é
impossível (cf. Lc 1, 37) e que o Poderoso pode fazer maravilhas em favor do
seu povo (cf Lc 1, 49).
[1]Disponível
em: <http://www.a12.com/academia/artigos/1717-tres-pescadores-uma-rede-e-um-milagre
/>. Acesso em: 07 de set. 2017.
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