A partir do Concílio Vaticano II, a Formação Permanente foi uma preocupação constante da Igreja e dos diversos institutos de vida Consagrada. Também nossa família palotina tomou consciência da necessidade de entrar no ritmo da formação permanente, procurando corresponder de maneira eficaz e profunda aos novos desafios impostos pelos novos tempos.
Entre os dias 03 a 10 de setembro, no centro de formação Palotina, em Roma - “Cenáculo”, um grupo constituído de nove confrades palotinos provenientes da Índia, Brasil, Polônia, África, Irlanda e França estiveram reunidos para um tempo de formação permanente extraordinária. Apesar do número reduzido, o tema proposto favoreceu a articulação de ideias visando, a partir de estudos e reflexões, encontrar possíveis respostas para uma formação permanente que seja uma prática cotidiana.
A interrogativa do título do livro de Cencini: Formação Permanente: acreditamos realmente? conduziu o grupo à outras perguntas ainda mais exigentes e comprometedoras: em que consiste a Formação Permanente? Estamos vivendo esta realidade? Interessa-nos, simplesmente, ou acreditamos que seja indispensável? Achamos que seja possível na atual circunstância? Acreditamos como indivíduos ou como Sociedade do Apostolado Católico?
Como filhos de São Vicente Pallotti, precisamos constantemente recordar suas palavras a respeito da formação permanente: “... não teremos um Clero Santo, douto, experto e vigoroso para observar o Santo Ministério, se Deus não o doa a sua Igreja. A oração é o meio infalível para obter verdadeiras vocações suscetíveis para a necessária cultura espiritual, científica e ministerial.” Em outras palavras, Pallotti está convicto de que, para realizar uma seria e incisiva Formação Permanente, é necessário criar uma Cultura da Formação Permanente, e por isso confia à sua primeira procuradoria, aquela sob a proteção de São Pedro, a responsabilidade de promover “a cultura espiritual, científica e ministerial do Clero”.
Segundo Cencini, uma verdadeira cultura da Formação se caracteriza a partir de três dimensões essenciais e integrantes: uma dimensão intelectual-cognoscitiva (Mentalidade), uma dimensão emotivo-afetiva (Sensibilidade) e uma dimensão existencialmente metodológica (práxis).
Encontramos na “Memória pratica cotidiana”, escrita por São Vicente Pallotti, os três aspectos que estão diretamente relacionados com a visão de Formação Permanente proposta por Cencini. Eis como Pallotti explica o título do seu opúsculo: Memória – porque devemos recordar sempre a obrigação que temos em imitar Jesus Cristo; Prática – porque tal preciosa obrigação deve ser realmente observada no pensar, no falar, no sentir e no agir; Cotidiana – porque a imitação de Jesus é um dever, não somente de um dia, ou de um ano, mas para toda a vida, até a morte.
Precisamos começar desenvolver uma Cultura de Formação Permanente Palotina, seguindo a motivação que nos foi deixada por nosso santo Fundador, que durante toda sua vida sempre esteve atento à própria formação e de maneira especial dedicou-se incansavelmente para a formação e instrução do Clero, dos seminaristas, religiosas e dos leigos.
Pe. Elmar Neri Rubira. Estuda Antropologia Teológica no Teresianum - Roma
Pe. Elmar Neri Rubira. Estuda Antropologia Teológica no Teresianum - Roma
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