Tríduo à Rainha dos Apóstolos
[3° Dia]
Comentarista: Neste terceiro
dia do tríduo em preparação para Festa da Rainha dos Apóstolos, Padroeira da
União do Apostolado Católico, veremos que Pallotti procurou sempre adorar a
Jesus no Santíssimo Sacramento e adorou o Deus Uno e Trino. Como cristão,
adorou e contemplou Deus fundado na rocha de Cristo. Ele sempre colocava sua
alma no lado aberto de Jesus Cristo e no seio de sua mais que enamoradíssima
Imaculada, Humilíssima Mãe Maria, e colocava os sentidos do seu corpo nas
chagas do mais que enamoradíssimo Esposo de sua alma, Jesus (cf. OO CC X, 526).
“Imaginarei estar eu no Seio de Deus, nas chagas de Jesus, onde recebo
abundância grandíssima de graças para a santificação, e imaginarei estar ainda
no seio de Maria Santíssima, minha mais que enamoradíssima Mãe, que tais
graças, estou certo, me impetrará”.
Que o exemplo do
Cenáculo, deixado pelo nosso Fundador, seja para nós o motivo de estarmos
reunidos aqui, hoje, para melhor servirmos o Senhor. Coloquemos a vida da nossa
comunidade e as nossas atividades apostólicas no coração de Jesus e de Maria,
para que, iluminados por eles, sejamos fieis anunciadores do Reino.
Canto: Brilhou
no céu da Igreja...
Sinal da cruz
D: Vem Espírito
Santo.
T: Enche os corações dos teus fiéis e acende
neles o fogo do teu amor.
D: Envia o teu
Espírito e tudo será recriado.
T: E renovarás a face da terra.
D:
- Para vivermos o espírito do Cenáculo, proposto por nosso santo fundador
Vicente Pallotti, é preciso entender o que ele representou, no passado, e como
podemos experimentá-lo no presente. Cenáculo significa a sala da ceia, da
refeição. (Lc 22, 8-13).
T:
- O Cenáculo, além de ser o lugar da Ceia, foi também o local em que a Igreja
teve o seu início, pela ação do Espírito Santo.
L:
- O cenáculo pode ser visto também como o lugar do testemunho de quem conviveu
com Jesus. Ali a Igreja nasceu pela força do Espírito que os enviou em missão. Ali adquiriram
uma fé mais lúcida e madura, fortemente marcada pelos ensinamentos do Filho de
Deus. O clima era de oração e de busca de conhecimento da verdade revelada,
pois neles ainda pairavam muitas dúvidas.
T:
- A lição deixada pelo Cenáculo é que todos recebem o mesmo Espírito e cada um,
conforme as suas habilidades, desenvolverá a sua missão. O trabalho missionário
não se encerra quando as pessoas abraçam a fé.
L:
- Pallotti se entusiasmou com a experiência do Cenáculo, porque percebeu que
ainda hoje o Espírito continua a se manifestar nas comunidades, enquanto
permanece unida em torno de um objetivo comum.
T:
- O ambiente do Cenáculo proporcionou, aos participantes, a unidade e o
encorajamento mútuo. Lá não era somente um lugar de oração, mas um lugar onde
se partilhavam as experiências. Todos ouviam e meditavam a Palavra, para
descobrir os apelos de Deus feitos à humanidade. Lá, eles puderam interpretar
as Escrituras.
L:
- No Cenáculo, criou-se uma nova espiritualidade, a espiritualidade do amor,
amor que transbordou em Pentecostes e que os encorajou para assumirem a missão até
as últimas consequências.
T:
- O Cenáculo dá mostras de que quem estava ali tinha uma missão a cumprir, e
aguardava ansioso por um conhecimento mais profundo das realidades divinas. Tinha
consciência da missão recebida, mas não sabia como concretizá-la, nem força
para realizá-la.
L:
- No Cenáculo, temos representantes de todos os segmentos da Igreja. Estavam
presentes os apóstolos, Maria, a mãe do Senhor, algumas mulheres que
acompanhavam e serviam Jesus e os discípulos (Lc 8, 1b-3).
D:
- Com São Vicente Pallotti não foi diferente. Ele sempre viu a figura do
Cenáculo como lugar de encontro com Deus à espera de uma missão.
L:
- A cena do Cenáculo foi tão marcante na vida dele, que pediu para que fosse
pintado um quadro de Maria, juntamente com os apóstolos e algumas mulheres, pois,
para ele Maria era a Rainha dos Apóstolos.
T:
- O Cenáculo se tornou um lugar de rever a história, a caminhada feita com o
salvador, os acontecimentos presenciados pelos apóstolos. Ali eles aprenderam a
ler, a interpretar as Escrituras e a conhecer-se melhor. Puderam compreender melhor
a missão que o Senhor lhes confiara.
L:
- O evangelho não fala muita coisa da Mãe de Jesus. Uma das poucas coisas que
diz, além do maravilhoso anúncio feito pelo anjo Gabriel de que seria a Mãe do
salvador, é que ela guardava todos os acontecimentos em seu coração. Maria
transformava tudo em
oração. Portanto , a sua presença no Cenáculo deve ter sido de
incessante intercessão, para que o Paráclito prometido viesse iluminar a todos,
o mais rápido possível. Ela recordava de tudo com muito carinho e fé, pois nela
jamais houve qualquer dúvida a respeito da manifestação de Deus em favor de seu
povo, porque o poderoso fez nela maravilhas (Lc 1,49).
T:
- A comunidade dos discípulos que participou da escola do Mestre de Nazaré, no
Cenáculo, teve a assistência de uma grande pedagoga, Maria. Ela foi quem, por
primeiro, experimentou a força do altíssimo. Por isso, nela não havia espaço
para dúvidas angustiantes, mas a certeza da concretização do Reino, ainda que
não fosse de maneira muito clara.
L:
- A experiência que os discípulos fizeram no Cenáculo levou-os a ter uma nova
postura diante das pessoas. Homens e mulheres anunciavam destemidamente aquilo
que viram e ouviram de Jesus (1Jo 1,3; Jo 3, 11). O testemunho que davam da
ressurreição de Cristo contagiava a todos, e até mesmo os pagãos abraçavam a fé
(At 10,44-48; 11,19-21). Cada um que recebia o batismo se sentia impelido a
levar adiante o anúncio feito pelos apóstolos. Colocavam também à disposição os
dons recebidos de Deus. Todos os batizados se sentiam missionários (1Cor
12,27-31).
T:
- Olhando para o Cenáculo, Pallotti descobriu que, somente unido pela oração, a
comunidade pode prosperar. Percebeu ainda que os apóstolos, sem a confirmação
do Espírito, permaneciam amedrontados e não conseguiam olhar para um novo
horizonte. Mas a espera confiante do Paráclito prometido, com a presença de
Maria, tomou uma nova dimensão. Saíram de lá restaurados e com uma coragem
jamais vista antes. Muitos se perguntavam de onde vinha tanta sabedoria.
Percebeu-se, ainda, que a presença da Mãe foi indispensável para manter unida a
comunidade. Por isso quis que a Mãe de Deus protegesse a União do Apostolado
Católico.
L: - Maria é a cheia de graça, a filha predileta do
eterno Pai, a Mãe que Deus Filho escolheu entre todas as mulheres para
tornar-se homem, a Esposa única na qual o Espírito Santo infundiu a mais pura
virgindade e exuberante maternidade. Nenhuma criatura, pela sua pessoal
excelência, pode ser amada e honrada como foi amada e honrada Maria, porque ela
foi infinitamente amada e honrada por Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Deus
criou o homem à sua imagem e Maria, Mãe de Jesus, fez Deus à sua imagem. Não
existe uma criatura comparável à Maria, porque sua beleza é irrepetível. Por
esta admirável excelência, Maria merece admiração, louvor, amor, mais do que
todas as coisas criadas. Maria é também a corredentora.
Em silêncio, adoremos o Senhor em
espírito e verdade
L: - Deste-lhe
pão do céu.
T: - Que, em si, contém toda doçura.
D: - Ó Deus, sob
as espécies deste admirável sacramento, deixaste-nos o memorial da tua paixão.
Concede-nos venerar os santos mistérios do teu Corpo e Sangue, a fim de que
possamos colher sempre em nós os frutos da tua redenção. Tu que vives e reinas
nos séculos dos séculos. Amém.
Leitura bíblica
e momento de reflexão (Lc 22, 8-13).
L: - Maria não ocupou nenhum cargo e,
no entanto, superou, em méritos, todos os Papas, Bispos e sacerdotes. Maria
cooperou na propagação da santa Fé mais que os apóstolos. Ela sustentou, com
sua oração, o ânimo dos apóstolos e fez com que superassem as suas fadigas.
Assim escreve Pallotti: “A santa Igreja, não por um simples título de honra, mas por motivo de
plenitude de méritos, saúda Maria com o augusto título de Rainha dos Apóstolos
e, com isto, todos, sacerdotes e leigos, todos, de ambos os sexos, de todo
estado, posição e condição social, se animarão a imitar a nossa Imaculada Mãe
Maria Santíssima, em todos os empreendimentos da maior glória de Deus e em
todas as obras de misericórdia corporal e espiritual para o bem dos próximos”.
D: -
Consagração a Jesus por Maria, de S. Vicente Pallotti.
T: - Imaculada Mãe de Deus Rainha do céu, Mãe de
Misericórdia, advogada e refúgio dos pecadores, iluminado e confortado pelas
graças que a tua materna benevolência me conseguiu do tesouro divino, quero
entregar, agora e sempre, o meu coração em tuas mãos, para que o consagres a
Jesus. Sim, ó Maria, perante os anjos e santos eu te entrego e tu, em meu nome,
o consagras a Jesus. Pela confiança filial que deposito em ti, sei com certeza,
que haverás de fazer, agora e sempre, quanto puderes para que o meu coração
seja todo de Jesus, à imitação dos santos, em especial de são José, teu
castíssimo esposo. Amém!
D: - Façamos
também a nossa consagração ao Espírito Santo.
CONSAGRAÇÃO
AO ESPÍRITO SANTO
T: - Espírito Santo, Espírito divino de luz e de
amor, a ti consagro a inteligência, o coração, a vontade e toda a minha pessoa,
no tempo e na eternidade. A minha Inteligência siga sempre as celestes
inspirações e a doutrina da Igreja católica, da qual és guia infalível; a minha
vontade concorde sempre com a vontade divina e toda a minha vida seja uma fiel
imitação da vida e das virtudes do Senhor e Salvador nosso Senhor Jesus Cristo,
ao qual juntamente com o Pai Eterno e contigo seja a honra e glória por toda
eternidade. Amém.
Oração final
Oremos: Ó Deus, que enviaste o Espírito Santo
aos teus Apóstolos, enquanto rezavam em companhia de Maria, Mãe de Jesus,
concede-nos, por intercessão dela, a graça de te servir fielmente e difundir,
com a palavra e o exemplo, a glória do teu nome. Por Nosso Senhor, Jesus
Cristo. Amém.
Bênção final
Canto
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