sexta-feira, 6 de julho de 2018

Alegrai-vos e exultai!



Quando o papa se dispõe a escrever sobre determinado assunto, sem dúvida que ele quer que nossa atenção se volte para esse tema em questão. E, desta vez, não tem como se fazer de desentendido, pois ele fala diretamente a cada um de nós, lembrando-nos, ou melhor, exortando-nos a buscar a santidade.

A mensagem geral do documento é como o próprio título nos diz, um convite a santidade no mundo atual. Ele é abrangente mesmo. O convite a santidade não exclui ninguém! Da mesma forma, o convite ao apostolado animado por nosso pai Pallotti não excluia ninguém. “Todos, grandes e pequenos, nobres e plebeus, soberanos e súditos, doutos e ignorantes, ricos e pobres, sacerdotes e leigos, seculares e religiosos, viventes em sociedade ou em solidão, podem, em sua posição, isto é, no estado em que os colocou Deus, exercer, de alguma forma, sempre com mérito, o apostolado de Jesus Cristo”[1]. No tempo de Pallotti, esse convite universal ao apostolado soava como novidade. Hoje também, há quem pense que santidade é para padres, freiras, religiosos ou, no máximo, para um ou outro leigo capaz de se dedicar inteiramente as atividades paroquiais. O apostolado para o qual nosso pai Pallotti nos convida, é caminho para a santidade que hoje o Papa Francisco vem nos exortar. Neste documento, somos mais uma vez convidados a santidade através do apostolado na vida comum, com tudo aquilo que nos é possível: “Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra”[2].

Como o papa coloca nas primeiras linhas, o texto não pretende ser um tratado com grandes contribuições conceituais e abstratas sobre a santidade. A exortação nos é feita num clima amigável de conversa com alguém muito próximo, que conhece nosso coração e nossa história. Porém, esse amigo papa não se furta ao seu papel de pai espiritual. Se num instante, ao indicar as ciladas e enganos do mundo moderno, que dificultam o nosso apostolado, pode nos deixar aflitos por causa de nossa miséria e insuficiência, no trecho seguinte, enche-nos de alegria e coragem com tantos exemplos de cristãos comuns que se santificaram em condições semelhantes, ou ainda mais complicadas, dando ricos conselhos práticos para o apostolado na vida cotidiana do mundo atual. 

Gostaria de encorajar todos a lerem este documento. Leiam com calma, fazendo memória de sua vida, meditando e buscando trazer ao coração, harmonizando os sentimentos com as palavras lidas. O texto nos dá excelentes oportunidades de nos examinarmos, de confrontarmos nossas atitudes mais corriqueiras com o ideal de santidade que Cristo nos ensina. 

Que essas palavras amigavelmente afiadas do nosso querido Papa Francisco nos animem a caminhar com passos mais firmes e decididos sobre as pegadas de Jesus, que é a causa de nossa alegria e sustento do nosso apostolado. 

[1] Texto de Vicente Pallotti: OOCC III, 144-150. [2] Gaudete et exsultate, n.14. 

Aline Rigueti (cooperadora palotina)


Um comentário:

  1. Muito bom.
    Ser moldado pela voz MAGISTERIAL da Igreja, com passos concretos do carisma palotino.
    Deus vos abençoe

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