quinta-feira, 22 de março de 2018

Trilha com a Juventude Palotina





No último domingo, 18/03, aconteceu a “Trilha com a JP” ao Morro da Urca. Evento promovido pela Juventude Palotina do Rio de Janeiro, com o objetivo de desafiar os jovens à superação, unidade, cooperação e fraternidade. A atividade externa (fora das Igrejas) contou com a presença de mais de 50 pessoas, de várias paróquias, em sua maioria Palotinas.
Ao chegarmos no topo de nossa Trilha, Morro da Urca, tivemos um momento de partilha e reflexão conduzido pelo jovem Leonardo Gonçalves, da paróquia Nossa Senhora Rainha do Brasil, que ajudou o grupo abordando o lema do ano do laicato: “Vós sois o sal da terra e luz do mundo” (Mt 5, 13-14), citando ainda frases e pensamentos de nosso fundador, São Vicente Pallotti, que afirmava: “Cada qual em seu próprio estado, na própria condição, de acordo com os próprios dons, podem dedicar-se às obras do Apostolado Católico para reavivar a fé, reacender a caridade e propagá-las em todo o mundo”.
Além de ter sido um momento descontraído, em clima de alegria e amizade, a Trilha proporcionou a cada participante uma reflexão individual sobre o caminho de conversão, que exige esforço, dedicação e sacrifício, mas que ao mesmo tempo conta com a graça de Deus, que sempre nos acompanha, e com o apoio de nossos irmãos na caminhada da vida.
Que Nosso Senhor nos ajude na trilha de nossa conversão nesta última semana quaresmal, para vivermos intensamente a semana santa e celebrarmos dignamente a Ressurreição de Cristo.
Ir. Ellen Cirila, CSAC

domingo, 18 de março de 2018

Um sacerdote é ‘outro Cristo’!


Em nossa casa de formação, num programa que nos cadencia mensalmente, temos um Retiro, qual tempo de silencio e de recolhimento. Desligamo-nos de muita coisa, mesmo que por breve tempo e, usando uma linguagem atual, nos conectamos conosco mesmos, com os irmãos de comunidade e com Nosso Senhor. Este principalmente, pois um retiro é o tempo propício para nos conectarmos com Ele, Senhor e Salvador!

Assim, no dia 04 de março fizemos nosso Retiro Mensal. A comunidade se reuniu para rezar, celebrar, silenciar, partilhar e experimentar de novo a graça, qual água revigorante, que nos permite e sustenta no caminho.

Naquela ocasião, assim como em todas as outras, escolhe-se um tema a ser abordado, ou um texto a ser apresentado. Já que este ano estamos vivendo, ao interno de nossa família palotina o Bicentenário da Ordenação Sacerdotal do Fundador, São Vicente Pallotti, foi justamente o sacerdócio o pano de fundo para nossas reflexões. E por isso, neste contexto sacerdotal, escolheu-se a Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis, que é um documento da Congregação para o Clero e que baliza o processo formativo de um sacerdote da Igreja Católica, para iluminar as nossas colocações.

No citado documento, o processo formativo é identificado em etapas que precisam ser assimiladas pelo formando em vista de um objetivo claro. Neste processo formativo, o objetivo final é, pela graça e pelo esforço, uma configuração com Jesus Cristo. De fato, as etapas formativas são assim identificadas: o primeiro ano, propedêutico, é um período de formação inicial; depois, o tempo dos estudos filosóficos é identificado como ‘tempo de discipulado’ e o tempo dos estudos teológicos, é chamado de ‘tempo de configuração’ e por fim, acontece o tempo da síntese, seja ela vocacional como pastoral.

Todo o tempo de formação, portanto – que é inicial enquanto o jovem está numa casa de formação, e que se torna permanente quando o mesmo é ordenado e assume responsabilidades – é um tempo de discipulado em vista da assunção dos traços e características do Mestre... uma verdadeira configuração a Ele. Parafraseando o próprio Nosso Senhor que disse “quem me vê, vê o Pai”, deve-se afirmar do sacerdote: “quem me vê, vê o Cristo”! Deverá ser assim sempre na vida de um padre!

Mas, a qual imagem do Cristo o sacerdote deve configurar-se?

Pois bem, o Cristo é Cabeça da Igreja, e por isso, o sacerdote deve sê-lo também, enquanto chefe, administrador e autoridade. Mas o Cristo é também um Pastor, e por isso o sacerdote deve buscar a destreza e a dedicação típicas de um pastor que é empenhado com seu rebanho. Mais: o Cristo é Servo e por tanto o sacerdote também o é! O Cristo é, ainda, Esposo, como escreve São Paulo em sua carta aos Efésios, e assim, o sacerdote deve ser o esposo que entrega a si mesmo à sua esposa, a Igreja-Comunidade, para cuidá-la e torná-la linda e perfeita.

Mas a imagem a qual o sacerdote deverá sempre buscar configuração, mais do que aquelas ali citadas, é a imagem de Cristo Crucificado.

São Paulo escreve aos Colossenses a partir de sua própria experiência: "Agora me alegro nos sofrimentos suportados por vós. O que falta às tribulações de Cristo, completo na minha carne, por seu corpo que é a Igreja. Dela fui constituído ministro, em virtude da missão que Deus me conferiu de anunciar em vosso favor a realização da palavra de Deus, mistério este que esteve escondido desde a origem às gerações (passadas), mas que agora foi manifestado aos seus santos. A estes quis Deus dar a conhecer a riqueza e glória deste mistério entre os gentios: Cristo em vós, esperança da glória! A Ele é que anunciamos, admoestando todos os homens e instruindo-os em toda a sabedoria, para tornar todo homem perfeito em Cristo. Eis a finalidade do meu trabalho, a razão por que luto auxiliado por sua força que atua poderosamente em mim" (Col 1, 24 – 29).

O sacerdote deve configurar-se ao Cristo, e este Crucificado! Ao sacerdote é pedido, portanto, uma entrega total de si, onde o sacrifício não lhe é estranho, mas algo diário, constante, quase que ordinário... completando em sua própria carne a dor que faltou na dor do corpo de Cristo, lá, crucificado e morto, por si e pela Igreja!

Caros leitores, rezem por nós! Rezem para que sejamos bons sacerdotes no futuro e ser bom, neste caso, é ser crucificado diariamente em pequenos sacrifícios pelo bem da Igreja. Rezem para que aprendamos, desde já, a entregarmos nossos desconfortos e para que Ele, já, vá cinzelando em nós Sua imagem.

Pe. Daniel Luz Rocchetti SAC - Reitor do Seminário Maior Palotino (RJ)

sexta-feira, 9 de março de 2018

Formatura do Bruno Bauer SAC - Filosofia na FSBRJ



No último sábado (03), a comunidade Palotina da Região Mãe da Misericórdia (RJ) se alegrou pela colação de grau no curso de Bacharelado em Filosofia do nosso confrade Bruno Bauer SAC. Lá também rendemos graças a Deus pela conclusão desta etapa na vida outros grandes amigos de nossa comunidade. Alguns nos acompanharam até o fim do ano passado e agora, com a Graça de Divina, seguiram outros caminhos em suas vidas e vocação. Aos nossos amigos Marco Antonio Gomes e Bruno Rodrigues nossa oração e gratidão pelo tempo de suas vidas dedicado a obra do Apostolado Católico e a nossa pequena comunidade.


Inicialmente, participamos da Missa Solene de formatura, no qual formandos, professores, parentes e amigos se fizeram presentes neste momento único para os estudantes. A celebração foi presidida pelo Abade do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, Dom Felipe da Silva. Em uma simples e profunda reflexão ressaltou a alegria da conquista e a responsabilidade de serem portadores da luz da verdade no mundo. Aos que se formavam recordou que a importância da oração, deixando-lhes um breve conselho: “Não rezem muito, rezem sempre!”.


Louvamos e bendizemos a Deus pela excelente conclusão de curso de nosso confrade Bruno Bauer em sua atividade acadêmica. E o parabenizamos por todo esforço e empenho que dedicou a sua monografia: A concepção de alma na antropologia de Santo Tomás de Aquino.  Nossa comunidade se rejubila e reconhece todo esforço feito para chegar a este ponto.


Que Deus te abençoe e te guarde e Nossa Senhora, Rainha dos Apóstolos, te inspire na dedicação ao apostolado a ti confiado, neste período formativo. A sua conquista é uma alegria para nossa comunidade e de grande valor para todo o povo de Deus.


José Luiz Alves da Silva Jr., SAC



terça-feira, 6 de março de 2018

O deserto na vivência da Quaresma




O silêncio é como a espada na luta espiritual; a alma tagarela nunca atingirá a santidade. Essa espada do silêncio cortará tudo que queira apegar-se à alma. Somos sensíveis à fala e sendo sensíveis, logo queremos responder; não levamos em conta se é da vontade de Deus que falamos. A alma silenciosa é forte; nenhuma adversidade a prejudicará, se perseverar no silêncio. A alma recolhida é capaz da mais profunda união com Deus, ela vive quase sempre sob a inspiração do Espírito Santo. Deus opera sem, obstáculo na alma silenciosa” (Santa Faustina). 

Assim como Jesus se retirou para o deserto afim de meditar a respeito de sua missão e obra neste mundo, nós também somos convidados a nos retirar para o deserto, mas não para o deserto físico e sim para um deserto espiritual. No deserto espiritual nós estamos a sós com Deus e ali poderemos escutar Sua voz. 

Ao ir para o deserto, Jesus nos convida ao jejum e a oração para assim nos fortalecemos e podermos enfrentar as tentações que nos afligem.  O jejum purifica os nossos sentidos, ajuda-nos a controlar as nossas vontades e faz-nos voltá-las para Deus.  A oração nos leva a ter um contato mais íntimo com Jesus, através da oração nós apresentamos as nossas dificuldades a Ele e com Ele conversamos afim de escutarmos a Sua voz dizendo qual o caminho que devemos trilhar e o que Ele deseja de nós.

O deserto nos convida ao silêncio, nos convida à meditação e essas duas coisas nos levam ao autoconhecimento. Através do silêncio conseguimos ouvir a voz de Deus, conseguimos entender o que Ele nos pede. A meditação faz-nos ver como estamos agindo, de que maneira estamos procedendo como imagem e semelhança de Deus.
 
Que nesta Quaresma nos deixemos ser conduzidos pelo Espírito Santo ao deserto para que possamos compreender qual a nossa missão aqui na terra.

O Verbo encarnado, que é a Sabedoria infinita, para ensinar a todos, a prática do silêncio, dignou-se nascer por nós, no silêncio profundo de uma noite escura, na condição de menino, numa estrebaria. Manifestou-se aos homens como os recém-nascidos que não falam. Por isso, o silêncio, observado com o fim de conversar mais intimamente com Deus, é um dom de Deus” (São Vicente Pallotti).

Felipe Batista de Oliveira SAC