domingo, 28 de outubro de 2012

O Evangelho de Hoje | Padre Francisco José Marques Filho SAC


Domingo, 28 de Outubro de 2012 
30º Domingo do Tempo Comum
Evangelho (Marcos 10,35-45)
Doutorando em Teologia


INICIANDO ESTA NOSSA REFLEXÃO DO XXX DOMINGO DO TEMPO COMUM, NO DIA 28.10.12  É NOS APRESENTADO TRÊS REALIDADES IMPORTANTES. A PRIMEIRA É QUE CELEBRAMOS O DIA DE DOIS IMPORTANTES SANTOS, OS APÓSTOLOS SÃO SIMÃO E SÃO JUDAS TADEU, O IX ANIVERSÁRIO DA APROVAÇÃO DOS ESTATUTOS DA UNIÃO DO APOSTOLADO CATÓLICO (UAC) E OLHANDO PARA O EVANGELHO DE HOJE, O ÚLTIMO MILAGRE DE JESUS, QUE O EVANGELHO DE MARCOS, 
NOS APRESENTA ANTES DE SOFRER A SUA PAIXÃO. DAÍ SURGE UMA PERGUNTA: COMO CONJUGAR TODOS ESTES FATOS NUMA MESMA CELEBRAÇÃO?



PODE PARECER SEM NEXO OU ATÉ MESMO ANACRÔNICO, MAS SE FOCALIZARMOS A NOSSA ATENÇÃO A MENSAGEM DESTE DIA PODEREMOS OBSERVAR QUE FORMAM UMA BELA SINTONIA. ENTÃO VAMOS AO TRABALHO!  

QUANDO A COMUNIDADE CRISTÃ CELEBRA A VIDA DE UM SANTO, ELA NADA MAIS QUER, DO QUE RECORDAR A AÇÃO DE DEUS NA VIDA DAQUELA PESSOA E QUE APESAR DE SUAS FRAQUEZAS PERMANECEU FIRME NO SEGUIMENTO DE CRISTO E NOS DEIXOU UM EXEMPLO, OU MELHOR, ESTA PESSOA DEIXOU-SE SER ILUMINADA POR DEUS PARA ILUMINAR A HUMANIDADE. ASSIM SÃO SIMÃO E SÃO JUDAS TADEU SÃO EXEMPLOS CLAROS DESTA REALIDADE. FORAM CHAMADOS PELO PRÓPRIO CRISTO E O SEGUIRAM. NÃO EXITARAM EM DERRAMAR O PRÓPRIO SANGUE E DE DAR A PRÓPRIA VIDA PELOS IRMÃOS E LEVAR O DOM DA FÉ EM PAÍSES DISTANTES. SEGUNDO SÃO JERÔNIMO SÃO JUDAS TADEU TERIA PREGADO EM OSROENE (REGIÃO DE EDESSA).         

OS DOIS SANTOS QUE CELEBRAMOS HOJE FORAM LUZ, LUZ QUE O CEGO BARTIMEU CLAMOU NO EVANGELHO DE HOJE. NO CEGO BARTIMEU, QUE GRITA AO LONGO DA ESTRADA, REPRESENTA CADA UM DE NÓS, QUE GRITA, EM NOSSO PERCURSO EM DIREÇÃO A JESUS, NO INÍCIO DO NOSSO DISCIPULADO.       

É CEGO, BARTIMEU, NÃO CONSEGUE "VER" JESUS. MAS, TAMBÉM OS APÓSTOLOS QUE ESTÃO COM JESUS A ALGUM TEMPO, PARECEM QUE ELES PRÓPRIOS NÃO O "VÊEM". NÃO SÃO ELES PRÓPRIOS QUE NO EVANGELHO DE DOMINGO PASSADO ESTÃO "NERVOSOS" POR UMA QUESTÃO DE POSTO E DE PODER?

POIS BEM, BARTIMEU "SENTE" QUE HÁ ALGUMA COISA, "SENTE" JESUS! E NÃO SE CONTENTA SOMENTE NO "SENTIR": GRITA!! E CONTINUA A GRITAR MESMO QUANDO O TENTAM CALAR. É UM GRITO DE INVOCAÇÃO, DE RECONHECIMENTO, UMA PROFISSÃO DE FÉ. GRITA PORQUE PRECISA. GRITA PORQUE QUER SER CURADO, QUER "VER". MAS GRITA TAMBÉM COM CONFIANÇA EM JESUS, O "FILHO DE DEUS", O MESSIAS.  

O SEU GRITO NÃO PODE SER DESCONSIDERADO. E JESUS QUE PASSA O FAZ CHAMAR. E O MENDICANTE NÃO PENSA DUAS VEZES, DEIXA O MANTO DÁ UM PULO E VAI ATÉ JESUS. NÃO PODE PERDER TEMPO!        

JESUS O ACOLHE COM UM PERGUNTA: "O QUE QUERES QUE EU TE FAÇA?" (AQUI FAÇO UM PEQUENO PARÊNTESES. LEMBRO-ME DE UMA DAS PREGAÇÕES DO NOSSO QUERIDO PE. LÉO, QUE DEPARANDO-SE COM ESTA PASSAGEM DIZIA QUE JESUS FAZIA CERTAS PERGUNTAS DE TOLERANCIA ZERO, PORQUE? JESUS NÃO ESTÁ VENDO QUE BARTIMEU ESTÁ CEGO?? E AINDA PERGUNTA O QUE ELE QUER? O CEGO PODERIA DIZER, BEM SENHOR, GOSTARIA DE UM CIGARRO PARA PASSAR O TEMPO, OU UMA PINGA PARA AQUECER DO FRIO! MAS JESUS TEM UM PROPÓSITO COM ESTA PERGUNTA). O SENHOR PERGUNTA AO CEGO PARA PROVOCAR NELE A FÉ! E A RESPOSTA DE BARTIMEU NÃO É SÓ UM PEDIDO, MAS TAMBÉM UM ATO DE FÉ. UMA FÉ QUE JESUS SABE RECONHECER, UMA FÉ SEM A QUAL O MILAGRE NÃO PODERIA TER ACONTECIDO.      

BARTIMEU RECUPERA A VISÃO SÓ OUVINDO A PALAVRA DE JESUS. É VERDADE, JESUS NÃO O TOCA, NÃO FEZ NADA DE PARTICULAR, SOMENTE DISSE: "VAI A TUA FÉ TE SALVOU!" E O QUE ISTO SIGNIFICA? SIGNIFICA QUE A PALAVRA DE JESUS O CUROU, UMA PALAVRA INTENSA DE FÉ. É A PALAVRA DE DEUS QUE TORNA-SE LUZ PARA OS NOSSOS PASSOS!        
E COMO FICA A UAC DIANTE DESTA SITUAÇÃO? NOSSO FUNDADOR, SÃO VICENTE PALLOTTI, NOS DEIXOU COMO CARISMA O LEMA: "REAVIVAR A FÉ E REACENDER A CARIDADE" E MEDITANDO ESTE EVANGELHO GOSTARIA DE DEIXAR A MINHA CONTRIBUIÇÃO PARA NÓS QUE SOMOS MEMBROS DA UNIÃO. SOMOS COMO BARTIMEU, QUE UMA VEZ ESTÁVAMOS "À MARGEM" NA VIDA E ATÉ MESMO NA IGREJA E "SENTIMOS" ALGO DIFERENTE, ERA JESUS PASSANDO EM NOSSA HISTÓRIA E COMEÇAMOS A GRITAR E FOMOS CHAMADOS POR ELE E DESTE "SENTIMENTO" PASSAMOS A UM VERDADEIRO COMPROMISSO DE FÉ (O NOSSO EMPENHO APOSTÓLICO), NOS COLOCAMOS A CAMINHO.        O SENHOR NOS CHAMA A ATITUDE DE COMPAIXÃO COM AQUELES QUE ESTÃO "À MARGEM" DA ESTRADA, DA SOCIEDADE. NOS PROPÕE A ANUNCIAR A SUA PALAVRA "COLABORANDO" COM OS NOSSOS BISPOS, PADRES, MEMBROS DAS MAIS DIVERSAS PASTORAIS, PROVOCANDO A FÉ NESTES MARGINALIZADOS, QUE SE ENCONTRAM EM NOSSAS IGREJAS, UNIVERSIDADES, ESCOLAS, ALDEIAS, CONDOMÍNIOS, ALI ONDE HÁ UMA PESSOA QUE VIVE, SOFRE, TRABALHA, DISCUTE, AMA, SE DECEPCIONA, ALI DEVEMOS ESTAR COMO CRISTÃOS, COMO MEMBROS DA UAC PARA LEVAR A LUZ DE CRISTO.      
ME DIRIJO PARTICURLAMENTE AOS MEMBROS DA UAC: "PRECISAMOS RECUPERAR O ESSENCIAL DO ANÚNCIO DO REINO DE DEUS E TER A CORAGEM DE SAIR DAS NOSSAS INUMERÁVEIS REUNIÕES, DEBATES, QUE MUITAS VEZES, INFELIZMENTE, NÃO ACRESCENTAM MUITA COISA, E IR AO ENCONTRO DO HOMEM MENDICANTE DE PAZ, DE BEM, DE SENTIDO, DE FELICIDADE E ANUNCIAR: "CORAGEM, LEVANTA-TE, JESUS TE CHAMA!"        
UM BOM DOMINGO A TODOS!!   
I WISH YOU ALL A GOOD SUNDAY!!      

A TUTTI AUGURO UNA BUONA DOMENICA!!

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Páscoa do Padre Cláudio


“Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (Jo 11,25).


Páscoa do Padre Cláudio!

Mais uma vez fomos surpreendidos pela irmã morte neste ano de 2012. Fomos surpreendidos no dia 21 de outubro/12, Domingo, Páscoa Semanal e Dia Mundial das Missões, com o anúncio da morte do nosso confrade Pe. Cláudio Walmir Rossini, 48 anos. Ele faleceu às 09h (horário local) em Manaus/AM, enquanto oficiava a Celebração da Eucaristia. Ele estava fazendo a pregação e foi surpreendido por um infarto fulminante, morrendo já no presbitério, mesmo que socorrido por 02 médicos cardiologistas presentes na celebração que prestaram-lhe os primeiros socorros tentando reanimá-lo. O Pe. Cláudio foi encaminhado ao hospital, mas sem já sem vida. O bioquímico Geraldo Magela, que estava participando da celebração, informou que o padre começou a passar mal, logo após a leitura do Evangelho. Segundo ele, o missionário caiu e bateu com a cabeça no chão. Disse o bioquímico: “Eu o segurei no meu colo, ele olhou para mim e disse ‘Louvado seja o nome do nosso Senhor’ e desmaiou". A Igreja Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos estava plena de fiéis, especialmente porque neste horário da celebração muitos jovens e adolescentes, com seus pais e catequistas fariam a Renovação das Promessas do Batismo, preparando-se para nos próximos dias receberem a Primeira Comunhão.
Foi neste contexto celebrativo que este nosso coirmão partiu para a celebração de outra ceia, a ceia definitiva na Casa do Pai. E no Evangelho deste 29º Domingo do Tempo Comum Jesus disse a João e Tiago, filhos de Zebedeu: “Vós bebereis o cálice que eu devo beber, e sereis batizados com o batismo com que eu devo ser batizado. Mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. É para aqueles a quem foi reservado”. E ainda adverte Jesus aos outros discípulos: “Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate para muitos” (cf. Mc 10,39-40.45).
E era disso que o padre Cláudio refletia com as pessoas presentes na Eucaristia. A Sra. Rute Maria Frazão Lins, integrante da Pastoral do Batismo e também presente à celebração, disse que “o padre Cláudio não se queixava de problemas de saúde. Ele nunca comentou nada. Era sempre engajado em muitos projetos paroquiais. Agora estava trabalhando na reforma da capela da Igreja Rainha dos Apóstolos”. 
A família

Pe. Cláudio Walmir Rossini nasceu no dia 02 de outubro de 1964, em Ajuricaba/RS. Filho de José Rossini e Juliana Pizzutti Rossini, ambos falecidos. Deste matrimônio nasceram 10 filhos e destes 02 já eram falecidos. 
Opção pela vida consagrada palotina

Nos anos de 1995 e 1996 o Pe. Cláudio fez o Curso de Filosofia na Faculdade Palotina, naquele período sob o nome de EFITESMA (Escola de Filosofia e Teologia Santa Maria), mas residindo na Comunidade do Patronato, em Santa Maria. Somente ingressou no seminário em 1997, para o Ano Introdutório (noviciado), em Cascavel/PR. De 1998 ao ano de 2001 fez o Curso de Teologia, no . Fez sua Primeira Consagração a Deus na Sociedade do Apostolado Católico (SAC) no dia 25 de março de 1999 e a Consagração Perpétua no dia 23 de março de 2002 e neste ano ele também fez o Ano de Estágio Pastoral na Paróquia São Roque, em Coronel Vivida/PR, onde recebeu a Ordem do Diaconato, no dia 19 de maio de 2002. E no dia 08 de setembro de 2002, na Paróquia São João Batista, em Santo Augusto/RS, foi ordenado sacerdote por Dom Zeno Hastenteufel, bispo da Diocese de Frederico Westphalen/RS. Seu lema de ordenação foi o pedido de Maria, mãe de Jesus, aos serventes, presentes nas Bodas de Caná: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5). Na homilia Dom Zeno, que naquele dia realizava sua primeira ordenação presbiteral, definiu três funções importantes que o padre deverá desempenhar no exercício do ministério sacerdotal. O padre, expôs o bispo, a partir de sua ordenação, se torna um “Mensageiro da Palavra de Deus, um Ministro do Altar e dos Sacramentos e um Coordenador do Povo de Deus”. 

Após a ordenação o jovem sacerdote Pe. Cláudio continuou o seu apostolado na Paróquia São Roque, de Coronel Vivida/PR, como vigário paroquial. No ano seguinte, 2003, o Pe. Cláudio foi nomeado vigário paroquial da Paróquia São Francisco de Assis, em Ariquemes/RO. Em 2004 foi nomeado vigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Colorado D’oeste/RO. No ano de 2005, residindo na Comunidade do Patronato, em Santa Maria/RS, foi nomeado vigário paroquial da Paróquia Santo Antônio – Bairro Patronato, concomitantemente nomeado Diretor da Cerâmica Pallotti, de Santa Maria/RS, Tesoureiro da Faculdade Palotina (Fapas) e Secretário da Gráfica Editora Pallotti e do Colégio Antônio Alves Ramos, de Santa Maria/RS. Em 2007 o Conselho Provincial o nomeou Diretor da Gráfica e Editora Pallotti, em Porto Alegre/RS, residindo na Comunidade da Paróquia São Vicente Pallotti.


Em agosto de 2008 o Conselho Provincial nomeou o padre Cláudio vigário paroquial no Santuário Nossa Senhora de Fátima, Praça 14, na cidade de Manaus/AM, permanecendo neste apostolado até o final do ano de 2011. Em janeiro deste ano de 2012 o padre Cláudio Rossini foi nomeado pároco da Paróquia Rainha dos Apóstolos, Conjunto Habitacional São Pedro, em Manaus, até neste domingo, dia 21 de outubro de 2012, dia de seu falecimento. 

Dai-lhe, Senhor, o repouso eterno. E brilhe para ele vossa luz!
Fraternalmente,

Pe. Edgar Xavier Ertl, SACfonte: Palotinos Rio de Janeiro

domingo, 21 de outubro de 2012

O Evangelho de Hoje | Padre Francisco José Marques Filho SAC

O Evangelho de Hoje | Padre Francisco José Marques Filho SAC

Domingo, 21 de Outubro de 2012 
29º Domingo do Tempo Comum
Evangelho (Marcos 10,35-45)



Doutorando em Teologia
AO LER O EVANGELHO DESTE DOMINGO VEIO A MINHA MENTE UMA PERGUNTA: O QUE SIGNIFICA AMAR NO MUNDO DE HOJE? UMA PALAVRA TÃO PODEROSA, MAS RECONHEÇO QUE UM POUCO DESGASTADA. HOJE SE UTILIZA MUITA ESTA PALAVRA PARA EXPRESSAR O MAIOR SENTIMENTO QUE PODEMOS TER POR UMA PESSOA, UMA COISA OU ATÉ MESMO POR UM ANIMAL. ASSIM DENTRO DESTE QUESTIONAMENTO SURGE UM OUTRO: MAS COMO POSSO AMAR NO MUNDO DE HOJE?



BEM, O PRIMEIRO QUESTIONAMENTO SURGIU PORQUE NO EVANGELHO DE HOJE, JESUS ESTÁ "TENTANDO" MAIS UMA VEZ APRESENTAR A VERDADE DA CRUZ AOS SEUS DISCÍPULOS. ESTÁ FALANDO PELA TERCEIRA VEZ SOBRE A SUA PAIXÃO, MORTE E RESSURREIÇÃO. MAS COMO NÃO PODERIA SER DIFERENTE, TAMBÉM NESTE ANÚNCIO PROVOCA UM CERTO DESCONFORTO OU PARA NÃO DIZER UM ESCÂNDALO PARA OS COETÂNEOS.

NA PERÍCOPE HODIERNA ESTAMOS DIANTE DA CENA DOS FILHOS DE ZEBEDEU QUE PEDEM PARA OCUPAR O PRIMEIRO LUGAR NO REINO: “DEIXA-NOS SENTAR UM À TUA DIREITA E OUTRO À TUA ESQUERDA, QUANDO ESTIVERES NA TUA GLÓRIA!” A PALAVRA DE JESUS DIANTE DESTA SITUAÇÃO NOS DIZ ALGO DE VERDADEIRO DEFRONTE DESTA VONTADE DE SER OS PRIMEIROS. "VÓS NÃO SABEÍS O QUE PEDIS!" POIS SENTAR AO LADO DO SENHOR SIGNIFICA AMAR NA MESMA DIMENSÃO QUE ELE AMA.




OS DISCÍPULOS NÃO ENTENDERAM QUE SERÁ ATRAVÉS DA DINÂMICA DA PAIXÃO, MORTE, DA DOR QUE SE REALIZA O AMOR NESTE MUNDO.
AQUI ENCONTREI A RESPOSTA A MINHA PRIMEIRA PERGUNTA: AMAR NESTE MUNDO É SOFRER! (QUE VOCÊ TAMBÉM NÃO SE ESCANDALIZE COM ESTAS PALAVRAS). PARA RECONHECER ISTO QUERO TE CONVIDAR NESTE MOMENTO A UM QUESTIONAMENTO: QUEM TE AMA OU TE AMOU PROFUNDAMENTE? (PENSE UM POUCO, NÃO SEJA APRESSADO EM RESPONDER). ESTA PESSOA QUE VEIO NA SUA MENTE TENHO CERTEZA QUE JÁ SOFREU POR VOCÊ! TALVEZ TENHA SIDO A SUA MÃE, PAI, IRMÃO, AMIGO... QUANDO ESTA PESSOA SOFREU OU SOFRE COM VOCÊ SIGNIFICA QUE ELA DÁ OU DEU A VIDA POR VOCÊ. POR QUE AMAR É DAR A VIDA POR ALGUÉM! E NINGUÉM DÁ A SUA PRÓPRIA VIDA SEM SOFRER! ( AQUI NÃO QUERO DEFENDER O MASOQUISMO).

É UM MORRER PARA SI MESMO NO SERVIÇO AS PESSOAS. MAS SOU CONSCIENTE QUE NA CULTURA ATUAL ESTAS PALAVRAS NÃO SÃO ACEITAS, MAS COMO CRISTÃO NÃO POSSO DEIXAR QUE APRESENTÁ-LAS.
DAR A VIDA, MAS COMO? ENTÃO SURGE A RESPOSTA A SEGUNDA PERGUNTA: EU, VOCÊ PODEMOS DAR A VIDA DE VÁRIAS MANEIRAS, MAS PENSANDO EM NOSSA REALIDADE GOSTARIA DE PROPOR UMA COISA: O TEMPO!! DAR O SEU TEMPO! PORQUE FALO DISTO? PORQUE SÃO MUITAS AS PESSOAS QUE PROCURAM ALGUÉM QUE TENHA TEMPO PARA AS OUVIR. DOE UM POUCO DO SEU TEMPO PARA ALGUÉM. PASSE ALGUNS MINUTOS OU ATÉ MESMO HORAS COM ALGUÉM, ESCUTANDO, DEMONSTRANDO AFETO. PERCEBO ISSO NAS REDES SOCIAIS, QUANTAS PESSOAS PROCURAM ALGUÉM "ONLINE" PARA CONVERSAR, PARA SER OUVIDO!!

OS FILHOS DE ZEBEDEU FORAM EXORTADOS PELO SENHOR QUE QUEM QUER SER O PRIMEIRO SEJA O ÚLTIMO E SEJA SERVO COLOCANDO EM PRÁTICA ESTA PALAVRA DO EVANGELHO SEJA HOJE UM "SERVO DE ESCUTA" DEMONSTRANDO AMOR PARA COM AQUELES QUE TE PROCURAREM!! UM SANTO DOMINGO A TODOS!!!
A GOOD SUNDAY TO YOU ALL!!
UNA BUONA DOMENICA A TUTTI VOI!!


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

TEXTO DO PAPA BENTO XVI | POR OCASIÃO DO 50º ANIVERSÁRIO DO INÍCIO DO CONCÍLIO VATICANO II




Foi um dia maravilhoso aquele 11 de Outubro de 1962 quando, com a entrada solene de mais de dois mil Padres conciliares na Basílica de São Pedro em Roma, se abriu o Concílio Vaticano II. Em1931, Pio XI colocara no dia 11 de Outubro a festa da Maternidade Divina de Maria, em recordação do facto que mil e quinhentos anos antes, em 431, o Concílio de Éfeso tinha solenemente reconhecido a Maria esse título, para expressar assim a união indissolúvel de Deus e do homem em Cristo. O Papa João XXIII fixara o início do Concílio para tal dia com o fim de confiar a grande assembleia eclesial, por ele convocada, à bondade materna de Maria e ancorar firmemente o trabalho do Concílio no mistério de Jesus Cristo. Foi impressionante ver entrar os bispos provenientes de todo o mundo, de todos os povos e raças: uma imagem da Igreja de Jesus Cristo que abraça todo o mundo, na qual os povos da terra se sentem unidos na sua paz.
Foi um momento de expectativa extraordinária pelas grandes coisas que deviam acontecer. Os concílios anteriores tinham sido quase sempre convocados para uma questão concreta à qual deviam responder; desta vez, não havia um problema particular a resolver. Mas, por isso mesmo, pairava no ar um sentido de expectativa geral: o cristianismo, que construíra e plasmara o mundo ocidental, parecia perder cada vez mais a sua força eficaz. Mostrava-se cansado e parecia que o futuro fosse determinado por outros poderes espirituais. Esta percepção do cristianismo ter perdido o presente e da tarefa que daí derivava estava bem resumida pela palavra «actualização»: o cristianismo deve estar no presente para poder dar forma ao futuro. Para que pudesse voltar a ser uma força que modela o porvir, João XXIII convocara o Concílio sem lhe indicar problemas concretos ou programas. Foi esta a grandeza e ao mesmo tempo a dificuldade da tarefa que se apresentava à assembleia eclesial.
Obviamente, cada um dos episcopados aproximou-se do grande acontecimento com ideias diferentes. Alguns chegaram com uma atitude mais de expectativa em relação ao programa que devia ser desenvolvido. Foi o episcopado do centro da Europa – Bélgica, França e Alemanha – que se mostrou mais decidido nas ideias. Embora a ênfase no pormenor se desse sem dúvida a aspectos diversos, contudo havia algumas prioridades comuns. Um tema fundamental era a eclesiologia, que devia ser aprofundada sob os pontos de vista da história da salvação, trinitário e sacramental; a isto vinha juntar-se a exigência de completar a doutrina do primado do Concílio Vaticano I através duma valorização do ministério episcopal. Um tema importante para os episcopados do centro da Europa era a renovação litúrgica, que Pio XII já tinha começado a realizar. Outro ponto central posto em realce, especialmente pelo episcopado alemão, era o ecumenismo: o facto de terem suportado juntos a perseguição da parte do nazismo aproximara muito os cristãos protestantes e católicos; agora isto devia ser compreendido e levado por diante a nível de toda a Igreja. A isto acrescentava-se o ciclo temático Revelação-Escritura-Tradição-Magistério. Entre os franceses, foi sobressaindo cada vez mais o tema da relação entre a Igreja e o mundo moderno, isto é, o trabalho sobre o chamado «Esquema XIII», do qual nasceu depois aConstituição pastoral sobre a Igreja no mundo contemporâneo. Atingia-se aqui o ponto da verdadeira expectativa suscitada pelo Concílio. A Igreja, que ainda na época barroca tinha em sentido lato plasmado o mundo, a partir do século XIX entrou de modo cada vez mais evidente numa relação negativa com a era moderna então plenamente iniciada. As coisas deviam continuar assim? Não podia a Igreja cumprir um passo positivo nos tempos novos? Por detrás da vaga expressão «mundo de hoje», encontra-se a questão da relação com a era moderna; para a esclarecer, teria sido necessário definir melhor o que era essencial e constitutivo da era moderna. Isto não foi conseguido no «Esquema XIII». Embora a Constituição pastoral exprima muitas elementos importantes para a compreensão do «mundo» e dê contribuições relevantes sobre a questão da ética cristã, no referido ponto não conseguiu oferecer um esclarecimento substancial.
Inesperadamente, o encontro com os grandes temas da era moderna não se dá na grande Constituição pastoral, mas em dois documentos menores, cuja importância só pouco a pouco se foi manifestando com a recepção do Concílio. Trata-se antes de tudo da Declaração sobre a liberdade religiosa, pedida e preparada com grande solicitude sobretudo pelo episcopado americano. A doutrina da tolerância, tal como fora pormenorizadamente elaborada por Pio XII, já não se mostrava suficiente face à evolução do pensamento filosófico e do modo se concebia como o Estado moderno. Tratava-se da liberdade de escolher e praticar a religião e também da liberdade de mudar de religião, enquanto direitos fundamentais na liberdade do homem. Pelas suas razões mais íntimas, tal concepção não podia ser alheia à fé cristã, que entrara no mundo com a pretensão de que o Estado não poderia decidir acerca da verdade nem exigir qualquer tipo de culto. A fé cristã reivindicava a liberdade para a convicção religiosa e a sua prática no culto, sem com isto violar o direito do Estado no seu próprio ordenamento: os cristãos rezavam pelo imperador, mas não o adoravam. Sob este ponto de vista, pode-se afirmar que o cristianismo, com o seu nascimento, trouxe ao mundo o princípio da liberdade de religião. Todavia a interpretação deste direito à liberdade no contexto do pensamento moderno ainda era difícil, porque podia parecer que a versão moderna da liberdade de religião pressupusesse a inacessibilidade da verdade ao homem e, consequentemente, deslocasse a religião do seu fundamento para a esfera do subjectivo. Certamente foi providencial que, treze anos depois da conclusão do Concílio, tivesse chegado o Papa João Paulo II de um país onde a liberdade de religião era contestada pelo marxismo, ou seja, a partir duma forma particular de filosofia estatal moderna. O Papa vinha quase duma situação que se parecia com a da Igreja antiga, de modo que se tornou de novo visível o íntimo ordenamento da fé ao tema da liberdade, sobretudo a liberdade de religião e de culto.
O segundo documento, que se havia de revelar depois importante para o encontro da Igreja com a era moderna, nasceu quase por acaso e cresceu com sucessivos estratos. Refiro-me à declaraçãoNostra aetate, sobre as relações da Igreja com as religiões não-cristãs. Inicialmente havia a intenção de preparar uma declaração sobre as relações entre a Igreja e o judaísmo – um texto que se tornou intrinsecamente necessário depois dos horrores do Holocausto (shoah). Os Padres conciliares dos países árabes não se opuseram a tal texto, mas explicaram que se se queria falar do judaísmo, então era preciso dedicar também algumas palavras ao islamismo. Quanta razão tivessem a este respeito, só pouco a pouco o fomos compreendendo no ocidente. Por fim cresceu a intuição de que era justo falar também doutras duas grandes religiões – o hinduísmo e o budismo – bem como do tema da religião em geral. A isto se juntou depois espontaneamente uma breve instrução relativa ao diálogo e à colaboração com as religiões, cujos valores espirituais, morais e socioculturais deviam ser reconhecidos, conservados e promovidos (cf. n. 2). Assim, num documento específico e extraordinariamente denso, inaugurou-se um tema cuja importância na época ainda não era previsível. Vão-se tornando cada vez mais evidentes tanto a tarefa que o mesmo implica como a fadiga ainda necessária para tudo distinguir, esclarecer e compreender. No processo de recepção activa, foi pouco a pouco surgindo também uma debilidade deste texto em si extraordinário: só fala da religião na sua feição positiva e ignora as formas doentias e falsificadas de religião, que têm, do ponto de vista histórico e teológico um vasto alcance; por isso, desde o início, a fé cristã foi muito crítica em relação à religião, tanto no próprio seio como no mundo exterior.
Se, ao início do Concílio, tinham prevalecido os episcopados do centro da Europa com os seus teólogos, nas sucessivas fases conciliares o leque do trabalho e da responsabilidade comuns foi-se alargando cada vez mais. Os bispos reconheciam-se aprendizes na escola do Espírito Santo e na escola da colaboração recíproca, mas foi precisamente assim que se reconheceram servos da Palavra de Deus que vivem e trabalham na fé. Os Padres conciliares não podiam nem queriam criar uma Igreja nova, diversa. Não tinham o mandato nem o encargo para o fazer: eram Padres do Concílio com uma voz e um direito de decisão só enquanto bispos, quer dizer em virtude do sacramento e na Igreja sacramental. Então não podiam nem queriam criar uma fé diversa ou uma Igreja nova, mas compreendê-las a ambas de modo mais profundo e, consequentemente, «renová-las» de verdade. Por isso, uma hermenêutica da ruptura é absurda, contrária ao espírito e à vontade dos Padres conciliares.
No cardeal Frings, tive um «pai» que viveu de modo exemplar este espírito do Concílio. Era um homem de significativa abertura e grandeza, mas sabia também que só a fé guia para se fazer ao largo, para aquele horizonte amplo que resta impedido ao espírito positivista. É esta fé que queria servir com o mandato recebido através do sacramento da ordenação episcopal. Não posso deixar de lhe estar sempre grato por me ter trazido – a mim, o professor mais jovem da Faculdade teológica católica da universidade de Bonn – como seu consultor na grande assembleia da Igreja, permitindo que eu estivesse presente nesta escola e percorresse do interior o caminho do Concílio. Este livro reúne os diversos escritos, com os quais pedi a palavra naquela escola; trata-se de pedidos de palavra totalmente fragmentários, dos quais transparece o próprio processo de aprendizagem que o Concílio e a sua recepção significaram e ainda significam para mim. Em todo o caso espero que estes vários contributos, com todos os seus limites, possam no seu conjunto ajudar a compreender melhor o Concílio e a traduzi-lo numa justa vida eclesial. Agradeço sentidamente ao arcebispo Gerhard Ludwig Müller e aos colaboradores do Institut Papst Benedikt XVI pelo extraordinário compromisso que assumiram para realizar este livro.
Castel Gandolfo, na memória do bispo Santo Eusébio de Vercelas, 2 de Agosto de 2012.

BENTO XVI

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Minha experiência nos Estados Unidos | Testemunho do Padre Francisco SAC

Minha experiência nos Estados Unidos | Testemunho do Padre Francisco SAC, sobre sua experiência nos Estados Unidos.

Gostaria de relatar um pouco da minha experiência de três meses como nossos coirmãos da Província da Imaculada Conceição nos Estados Unidos. Em primeiro lugar o motivo que me conduziu até lá se deve pelo fato de a Província Americana "Imaculada Conceição" ter oferecido um tipo de "bolsa de estudos" para aprofundar os estudos da língua inglesa, em vista dos estudos acadêmicos. Mas como se deu este convite? O Pe. Geral em visita oficial a Província no ano passado fez um pedido ao Conselho Provincial, da referida Província,  para que ajudasse quatros estudantes do Colégio Internacional à estudarem a língua inglesa. E, prontamente o Conselho Provincial acolheu este pedido. Sendo assim ficou acertado a ida, dos estudantes, aos Estados Unidos no período das férias de verão de 2012 (julho/agosto/setembro).
Então no dia 29 de junho, na Solenidade de São Pedro e São Paulo, partir com mais três sacerdotes para os Estados Unidos, são eles: Pe. Mércio (Província Santa Maria), Pe. José Luis (Região São Vicente Pallotti - Uruguai) e Pe. Gregório (Província Cristo Rei - Polônia). Chegamos em Washington D.C à noite e nos esperava o Vice-Provincial Pe. Frank Donio SAC que ficou sendo o nosso responsável. Ele nos conduziu ao local onde ficamos hospedados, pelos três meses, na Washington Theological Union. Um centro teológico pertencente aos religiosos da Arquidiocese de Washington D.C. Os estudos foram realizados na escola de língua inglesa LADO COLLEGE em Silver Spring bem próximo a nossa casa.
Para mim realmente foi um experiência positiva e destaco três motivos. O primeiro motivo posso dizer que foi conhecer um pouco a Igreja Norte Americana, que apesar das suas dificuldades, apresenta-se bem viva, com uma boa participação dos jovens nas Missas, inclusive durante a semana. O segundo motivo posso apresentar como o desenvolvimento do nosso carisma naquele país através da mesma Província, que atualmente possui 15 membros, divididos em um Santuário em honra de São Judas Tadeu na cidade de Baltimore, três paróquias e uma grande Escola, também conhecida como High School, em New Jersey. E atualmente começaram os trabalhos para a abertura do Centro Internacional da União do Apostolado Católico que contará com uma comunidade internacional (padres da Polônia, Brasil, Congo, Nigéria e Índia) em Maryland.




Durante esses três meses posso afirmar que o estudo foi bastante exigente, com 5 horas de aula por dia e mais os "homeworks", mas também não faltaram a convivência fraterna com os membros da Província e os momentos culturais. Assim, após três meses, no dia 29 de setembro regressei com os meus coirmãos para o Colégio Internacional trazendo na bagagem as recordações desta grande experiência vivida nos Estados Unidos.