sábado, 15 de setembro de 2018

Seminário cor in rio | Celibato e Sexualidade

 
Seminário cor in rio | Celibato e Sexualidade
 
Redirecionando o Eros para as Núpcias do Cordeiro, este foi o tema do Seminário de sobre sexualidade e celibato com o teólogo americano Christopher West, maior especialista na teologia do corpo de são João Paulo II. O evento ocorreu na paróquia de são José, Lagoa , Rio de Janeiro.

Encontro teve início as 14h30min do dia 14 de setembro de 2018 - festa da Exaltação da Santa Cruz - com a presença de 700 pessoas, entre elas leigos, religiosos, seminaristas  e padres de algumas dioceses do Brasil. O Cardeal Arcebispo Dom Orani e alguns bispos auxiliares do Rio passaram pelo evento. Nossa comunidade formativa também se fez presente nesta  tarde de formação e aprofundamento.

Na primeira parte do seminário foi trabalhada o tema da "Sexualidade e a identidade", seguindo o seguinte roteiro temático:  No coração da Questão; O Sentido Esponsal do Corpo; A gratuidade do Dom. Na segunda parte foi trabalhada o tema "Redimindo e eros"seguindo o seguinte esquema: Integrando Eros e Ágape; A Grande Analogia Esponsal; O Leito Nupcial da Cruz.

Tanto a abertura quanto a Santa Missa de encerramento foi presidida Dom Antônio Augusto - bispo auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro - incentivador e de algum modo responsável pela realização do evento. Ao longo de toda a formação ficou em evidência o quanto que Teologia do Corpo é uma grande luz para a vida consagrada no celibato pelo Reino. 
 
Fr. Bruno Bauer, SAC
 

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Testemunho do nosso irmão Bruno Gonzales sobre o RENASCEM





Com imenso júbilo e alegria aconteceu nos dias 09 a 13 de julho, na Diocese de Duque de Caxias, na Casa São Francisco de Assis, o RENASEM (Ministério para Seminaristas da Renovação Carismática Católica). Ele iniciou-se às 19h00 com a Santa Missa na Catedral de Santo Antônio presidida pelo bispo diocesano Dom Tarcísio.
Os dias de retiro espiritual foram para mim como uma verdadeira experiência de Cenáculo, pois pude perceber que fazer experiência com o Espírito Santo é renovar sempre em nós a chama do amor de Deus; é recordar e atualizar que um dia fomos chamados pelo próprio Cristo a dar continuidade à missão salvífica do Reino de Deus, buscando a salvação das almas e propagando o amor de Deus em todo o mundo. É importante lembrar que nossa espiritualidade palotina é propriamente a vivência do Cenáculo e a regra fundamental da nossa mínima congregação é a vida de Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim, como São Vicente Pallotti nos ensina, somos convidados a fazer a experiência de estar em Cenáculo, buscando sempre ser preenchidos pelo amor e pela graça de Deus, para reavivar a fé e reacender a caridade, esperando um dia que haja um só rebanho e um só Pastor.
Durante o retiro, o Pe. Alexandre Paccioli (pregador do retiro e diretor espiritual do Seminário da Arquidiocese do Rio de Janeiro), incentivou e levantou grandes reflexões como a vida de santidade, a vida de oração, o discernimento vocacional e ainda, como buscar exercícios para um bom combate espiritual. Partilho com vocês algumas reflexões que marcaram profundamente em minha caminhada formativa.
Na manhã de terça-feira o pregador do retiro começou pregando sobre o “Buscar as coisas santas” e reforçou o que o Papa Pio XI disse uma vez em uma de suas encíclicas: “Nós tocamos as coisas santas”. Levantou em mim um grande e forte desejo de santidade, a ter sempre sede do Espírito Santo! Escutar o ideal de santidade e não deixar esfriar a chama, o fogo de Deus em mim. Eu não posso estar no mesmo estado de vida que entrei no seminário. Sou um homem que escuta as bem-aventuranças. Não posso apenas ficar olhando para os santos e imitá-los; o meu chamado de santidade é diferente do deles! Ele é particular! É imitação da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo!
 Na quarta-feira fui convidado a experimentar o verdadeiro amor de Filiação dado por Deus. Se houverem apegos quando vier a faltar o amor, nós iremos certamente buscar um amor humano e não aquele de Deus. Só o amor de Deus nos basta! E o que significa só o amor de Deus nos basta? Significa além de tudo viver bem a virtude da temperança, ou seja, ter medida de todas as coisas e entender que o amor misericordioso de Jesus nos preenche de todo vazio. Deus acima de todas as coisas, como dizia Pallotti: “Deus, Deus, Deus... Deus em tudo e sempre”.
Todo desejo de santidade deve começar pelo bem dos mais próximos de nós. O desejo de salvar almas está em mim? Será que tenho consciência da pessoa que está próxima a mim?  Será que ela vai me tornar mais santo? É uma responsabilidade da minha vida como batizado e um dever como consagrado a Deus. Muitas pessoas dependem de nossa palavra para receber uma cura, um conforto espiritual que muitas vezes não têm. Somos pontes que levam as pessoas a conhecer Jesus Cristo, o único Deus e Senhor dos senhores. Somos pastores de almas. Não conhecemos o rebanho, mas o Senhor escolhe o rebanho a ser dado a nós. Devemos sempre rezar pelas almas do purgatório, mas principalmente pelas pessoas que pedem por socorro. Como está meu jejum e oração por aquela pessoa que está precisando de uma libertação? Enfim, fui chamado por Deus para continuar a missão salvífica de Cristo, para cooperar na obra do Apostolado Católico... obra esta deixada por São Vicente Pallotti.
No penúltimo dia, já quinta-feira daquela semana, fui convidado a recordar o chamado que Deus fez a mim e como vencer, com Cristo, as batalhas espirituais. Percebi que os desafios da vida religiosa são para minha purificação e santificação.
Foram muitas as experiências que pude fazer nesses dias, e sempre recordo a importância de voltar ao primeiro amor. Renovar meu chamado à vida sacerdotal. Como foi o primeiro dia do chamado que Jesus fez a mim? Como foi o momento em que Jesus passou no mar da Galileia e me chamou? Quem estava ali? Foi muito importante voltar a esse primeiro lugar, voltar e escutar o chamado que Ele me fez um dia e lembrar de todas as situações que o Senhor esteve presente em minha vida e o quanto Ele é presente no meio de nós. Eu precisei renovar a essência do meu chamado. Para que Jesus me chamou? Para que minhas mãos sejam as mãos de Jesus, as minhas palavras sejam as palavras de Jesus. Jesus quer santos e santos mártires! Sou grão de trigo e preciso morrer (Jo 12,24). “O sangue dos mártires é semente dos cristãos”. Jesus me convida ao martírio e eu preciso ter um rosto diferente, o rosto de Cristo chagado.
Lá, naqueles dias, aprendi que talvez irei sofrer um martírio não físico, mas moral, e que é a minha comunidade que mais precisa do meu martírio, do meu testemunho, da minha entrega. Esse grão de trigo precisa morrer agora, precisa ser molhado agora, assim como foi molhado por alguns mártires. Eu quero ser como Cristo. Não como Pedro foi, mas como o mundo vai fazer de mim sendo um pastor de almas. Somos sacerdotes de Jesus Cristo para que a redenção de Jesus seja levada a todas as almas. Para que Deus me quer consagrado a Ele? Para que Deus me quer como sacerdote? Para ter vida boa? Não! Quero ser amigo do sofrimento! Amigo da cruz de Cristo! Devo me perguntar: aonde Deus está me chamando ao martírio? Em que situações Deus está me chamando ao martírio? Vivemos num tempo em que necessita de muitos martírios para compreender que Deus existe. Quando falamos de ser amigo de Deus fugimos da cruz. Não podemos negar que Cristo foi crucificado e morreu por nós. O Senhor crucificado está batendo hoje na minha porta, no meu coração, para que eu morra por Ele e viva por Seu Espírito. O desejo do sacrifício leva-me a santificar-me por Ele.
O momento central da Santa Missa, que é a Oração Eucarística, é o momento no qual Cristo se dá em corpo e sangue por nós. E eu? Irei dar meu corpo e meu sangue à Jesus? Devemos retomar o amor à Santa Cruz. Quero ser sacerdote segundo o coração de Jesus? Assim, em tudo ser de Deus! Todo louvor que for dado aqui será uma chama nova de amor de Deus. Não quero dar o melhor para as pessoas, mas sim a minha vida. O caminho da amizade com a cruz vai me trazer uma alegria que ninguém tira. Ninguém!
Ofereço ao desagravo Coração de Jesus e com Maria todas as dores. Sou muito grato a Deus e aos padres formadores da Sociedade do Apostolado Católico, que tiveram a iniciativa e que de alguma forma contribuíram para que eu pudesse fazer mais uma vez uma experiência com Jesus e com Maria Santíssima, aquela que é Esposa do Espírito Santo.

domingo, 9 de setembro de 2018

IX CURSO DE FORMAÇÃO E VIVÊNCIA CRISTÃ PALOTINA (ISEP)


IX CURSO DE FORMAÇÃO E VIVÊNCIA CRISTÃ PALOTINA

"Aconteceu entre os dias 8 a 18 de julho, no Colégio Máximo Palotino, em Santa Maria/RS, a primeira etapa da IX Edição do Curso de Formação e Vicência Cristã Palotina – ISEP. Contando com o número de cerca quarenta participantes dos seguintes países sul-americanos: Brasil, Argentina e Uruguai, o curso se desenvolveu de forma brilhante, atingindo os seus objetivos. No primeiro dia tivemos a presença da irmã Helena Pimenta CSAC, que com dinâmicas de integração entre os grupos, ajudou-nos a abrir e conhecer. No decorrer dos dias foram trabalhados vários temas palotinos apresentados por diversos padres; citamos alguns temas e seus propositores: o Pe. Jadir Zaro SAC apresentou acerca da vida e da obra de São Vicente Pallotti; o Pe. Alexsandro Miola SAC abordou acerca do carisma palotino; já o Pe. Juliano Dutra SAC inseriu-nos acerca da literatura palotina isto é, o que Pallotti escreveu e o que temos escrito sobre o fundador; o querido Pe. Ângelo Lôndero SAC falou-nos sobre a União do Apostolado Católico e o Pe. Fabián Silveira SAC trabalhou sobre a Espiritualidade Palotina e ainda conduziu um dia de retiro de silêncio com a oportunidade de confessar-se ou buscar direcionamentos espirituais.

No decorrer do ISEP, os isepistas (assim são chamados aqueles que frequentam o curso) tiveram a oportunidade de participar do XI Congresso Latino-Americano de Educação Palotina na cidade de Vale Vêneto/RS, lugar onde os padres e irmãos palotinos iniciaram seus trabalhos apostólicos no Brasil. Durante o congresso aconteceu uma palestra com o Professor Rodinei Balbinot sobre Currículo e Aprendizagens Essenciais: uma leitura com chave bíblica. E logo após os cerca de 300 participantes debateram em pequenos grupos o como traçar uma educação dentro do carisma de São Vicente Pallotti. A noite tivemos uma vigília embasada no ano laical, refletindo a importância de todos os leigos serem chamamos a ser Sal da terra e Luz do mundo como Educadores Palotinos. Durante todos os dias do curso foi experimentada grande alegria e o desejo dos isepitas de seguirem Jesus Cristo, o Apostolo do Eterno Pai, em união com a espiritualidade de São Vicente Pallotti. O ISEP não forma apenas na teoria, mas na vivencia entre os participantes em um clima de fraternidade: parabéns a toda a equipe de organização do ISEP pelas formações bem preparadas e pela agradável acolhida." 

Fr. Bruno Bauer, SAC 



“A participação no ISEP foi uma graça de Deus para mim. Ajudou a criar fraternidade com outros palotinos. Foi a oportunidade de recordar alguns estudos sobre o nosso pai São Vicente Pallotti do meu tempo de noviciado e aprender um pouco mais na prática de como ser UAC na Igreja hoje. Outra experiência muito positiva foi a vivência com outras realidades palotinas, tanto do Brasil, como do Uruguai e da Argentina. Pallotti permanece apaixonante e ser palotino mostrou-se ser Igreja: jovem, alegre, sendo tudo para todos.”

Ir. Elson Carvalho, SAC




No dia 6 de julho, durante o período de férias da faculdade, fui a Santa Maria para participar da 1ª etapa do curso ISEP. Já havia ouvido muita coisa sobre o curso, mas agora sei que as palavras não conseguem descrever com totalidade a experiência vivenciada durante os dias de curso!

Embarquei com o coração aberto ao lado dos meus companheiros, Bruno Bauer e o Irmão Elson. Chegamos lá no mesmo dia em que partimos, 06, e a comunidade já estava nos esperando. Foi o padre Salvador nos recebeu, nos alojamos na casa de formação, e, logo que deixamos as nossas malas no quarto, os nossos coirmãos nos convidaram para participar da convivência deles.

Mesmo não fazendo parte daquela comunidade me senti em casa, parecia que fazíamos parte daquela comunidade há muito tempo, e a cada dia que passava ia conhecendo melhor cada participante. Na noite de sexta-feira, fomos dormir e sentimos muito frio, pela manhã de sábado quando acordamos percebemos que esquecemos a janela do quarto aberta e compreendemos a temperatura tão baixa. Levantamos, tomamos café e fomos dar uma volta na cidade. Durante o dia foram chegando mais pessoas para participar do encontro do ISEP.

Foram dias de aprender com as novas pessoas que conhecíamos, mas também de mostrar como vivemos. Ao conhecer as irmãs de Schoenstatt fomos perguntados sobre a nossa comunidade e, na mesma hora, descobrimos que elas não imaginavam que seríamos palotinos, estávamos de hábito, o que não é comum lá em Santa Maria. Após essa breve situação, elas logo nos contaram a história do fundador o Padre Kentenich e uma das irmãs nos levou no quarto onde ele se hospedava quando esteva aqui no Brasil.
No Domingo pela manhã, fomos a missa às 7h na casa das irmãs de Schoenstatt, onde vimos a igreja cheia de consagradas e noviças delas e acompanhar a rotina delas, pois toda a celebração era conduzida por elas, até o padre era da comunidade delas.

No período da noite, antes do dia terminar, tivemos um encontro com a coordenação do curso que nos passou o cronograma do encontro. Na manhã de segunda tomamos o café da manhã de depois tivemos o dia todo com a irmã Maria pimenta que fez a dinâmica de grupo para que pudéssemos nos conhecer melhor e para quebrar a vergonha de cada um; à tarde continuamos na presença da irmã.

Outra coisa muito boa foi o padre José Rodrigues enviar dois jovens para participar do ISEP, o belo era que ao ver o quanto eles ficavam admirados pelo nosso santo fundador, percebiam que tudo o que foi falado pelos palestrantes sobre a vida e obra de São Vicente Pallotti fazia como ele começassem a se questionar sobre a sua vivência na paróquia, que tudo o que eles lá vivem ou aprendem dos padres que passaram lá era parte do carisma, mas que não tinham noção disso, pois não conheciam o fundador, nem sabiam quem era Pallotti direito.

Conhecemos Valle Veneto, primeiro local onde os Palotinos se instalaram em Santa Maria. Que lugarzinho maravilhoso! Lá participamos do encontro de professores palotinos, no qual me senti um pouco fora, pois não temos a mesma formação que os nossos coirmãos são voltados para a educação, mas mesmo assim foi muito bom. Também fizemos amigos da Argentina e Uruguai, a vivência no encontro é muito boa quantas pessoas já trabalham divulgam o nome do nosso Santo Fundador nas escolas para as crianças e para os pais de cada um.

Conhecemos a Fecopa uma feira de objetos da própria cidade. O nosso penúltimo dia em Santa Maria foi muito cheio de atividades onde conhecemos a Fapas (Faculdade Palotina), o museu, o Patronato hospital onde fica os padres idosos, a gráfica, isso tudo foi pela manhã, à tarde fomos para o colégio das irmãs Palotinas. O bonito foi ter encontrado alguns professores de colégios palotinos
que estavam no encontro em Vale Veneto."

Fr. Marcelo da Silva Rodrigues