sábado, 25 de novembro de 2017

Sobre a causa dos santos da família palotina

          No dia 20 de novembro, o Seminário Maior Palotino teve a alegria de acolher em nossa casa, o padre Jan Korycki SAC. Ele é sacerdote palotino, polonês, e trabalhou por muitos anos como postulador geral em Roma. Padre Korycki veio por ocasião da Assembleia dos padre da nossa Região Mãe da Misericórdia no Rio de Janeiro. Contudo, houve uma oportunidade de dirigir algumas palavras aos formandos de nosso seminário. 
          Padre Korycki, por ter trabalho durante tanto tempo na causa dos santos, partilhou conosco como foi a experiência nesse apostolado e nos apresentou, com grande riqueza e sabedoria, os diversos casos do caminho de santidade na nossa comunidade dos palotinos. 
        O Concílio Vaticano II ensina claramente que "todos os cristãos são, pois, chamados e obrigados à tender a santidade e perfeição do próprio estado" (LG 42). 
          A União do Apostolado Católico (UAC) não tem uma história muito longa, e não tem vários modelos de santidade beatificados e canonizados: apenas o fundador São Vicente Pallotti, dois mártires: Józef Jankowski e Józef Stanek e beata Elisabetta Sanna. Mas temos um grande número de membros da UAC, que estão no caminho para os altares.
Relíquia Ex Corpore da Beata Elisabetta Sanna
          Atualmente os palotinos são responsáveis pelas causas de canonização de dois beatos e causas de beatificação de dezesseis candidatos aos altares: oito pessoas em nível apostólico, ou seja, no Vaticano e oito a nível diocesano, em vários países. Algumas causas com o nível diocesano já  canonicamente aberto, outros estão em processo de preparação para o processo canônico.
          Ao grupo de cinco Servos de Deus mártires pertencem quatro sacerdotes SAC: Franciszek Bryja, Franciszek Kilian, Norbert Pellowski, Jan Szambelańczyk e um irmão palotino Paweł Krawcewicz. 
          Nas várias dioceses do mundo, como palotinos somos responsáveis por processo de beatificação de oito pessoas: Pe.Stanisław Szulmiński na Rússia, Pe. Franz Reinisch em Alemanha, Dom Heinrich Viete em Camarões e cinco mártires na Argentina: três sacerdotes, um estudante do Seminário Maior e um postulante.
         Esse período que o Padre Jan Korycki passou conosco foi de grande alegria, crescimento espiritual, humano, carismático e comunitário. Com o seu exemplo de vida, nos ensinava como um irmão mais velho. Louvamos e bendizemos a Deus pela vinda do Padre Korycki em nossa casa. Deus o abençoe e São Vicente Pallotti seja sempre um caminho de inspiração para a santidade. 






sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Convite

         
          O Seminário Maior Palotino e todos os demais membros da Região Mãe da Misericórdia do Rio de Janeiro tem a alegria de convidar-te a participar da Celebração Eucarística no qual, nosso confrade José Luiz receberá o ministério de acólito. 
          "O Acólito é instituído para ajudar o Diácono e para servir o Sacerdote. É sua função, portanto, cuidar do serviço do altar; auxiliar o Diácono e o Sacerdote nas ações litúrgicas, sobretudo na celebração da Missa; distribuir, como ministro extraordinário, a Sagrada Comunhão.
          Desempenhará mais dignamente estes ofícios, se participar na Santíssima Eucaristia, cada vez com uma piedade mais ardente, alimentando-se dela e procurando alcançar um conhecimento da mesma sempre mais profundo. 
          Destinado de modo particular para o serviço do altar, o Acólito há-de procurar conhecer o que diz respeito ao culto divino e compreender o seu significado íntimo e espiritual, de modo que, em cada dia, se ofereça a si próprio totalmente a Deus e, por sua atitude grave e respeitosa, seja para todos exemplo no templo sagrado, amando sinceramente o corpo místico de Cristo ou povo de Deus, sobretudo os fracos e os doentes." (Pontifical Romano - Instituição de Leitores e Acólitos). 


          São Vicente Pallotti expressa sobre este ministério:
"Vede, queridos filhos, os admiráveis caminhos da bondade divina. Se considerardes, de um lado, a vossa miséria, vosso nada e vossa indignidade, e de outro, a grandeza das coisas espirituais e divinas, encontrareis uma desproporção tão grande, que jamais poderíeis imaginar que o Clementíssimo Deus fosse querer honrar-vos, em sua Igreja, com um Ministério que vos dá acesso ao Altar para servir no esplendor do serviço Eucarístico." 
          Rezemos, pois, por este nosso irmão, que a exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo, sinta-se empenhado a tal serviço. E assim, consciente, seguir seu chamado vocacional, na salvação de sua alma e do próximo.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

A Parentela Espiritual



            Ontem (5), a Igreja no Brasil, celebrou a solenidade de Todos os Santos. Nós não poderíamos ficar de fora de partilhar sobre a espiritualidade de São Vicente Pallotti de frente a vida dos santos.
Pallotti, desde criança erguia altares em casa para rezar. Demonstrando sua devoção aos anjos e santos desde pequeno. Os exemplos da vida dos santos, para o pequeno Pallotti, era um assunto muito caro.
Durante a vida de Vicente, encontra-se a presença de diversos santos, pois ele procurava imitá-los, de certa maneira. Dizia ele: "Escolhe um santo como Padroeiro, lê a sua biografia e imita uma de suas virtudes".
Conservou sua devoção a São Felipe Neli, que ele chamava de grande apóstolo de Roma. Era devoto de São José Calazans, por ter lembrado a heróica paciência e amor para com as crianças pobres. Também era devoto de Santo Inácio de Loyola. Sempre ia rezar na Igreja del Gesú onde esta o corpo deste santo.  Lá, Pallotti revigorava o espírito e os empreendimentos de São Inácio que tinha sempre presente o zelo pela infinita glória de Deus e pelas almas, bem como o amor para com a Igreja. O Venerável João Berchamans, este também presente na lista de Pallotti, um religioso da companhia de Jesus, ensinou-o a intensificar ainda mais seu amor pela Mãe de Deus. Pallotti ao ler a sua bibliografia sentiu-se inspirado e fez voto de obediência ao seu diretor espiritual, o abade Fazzini.
Através da experiência mística de Santa Catarina de Sena, despertou em Pallotti a devoção do Sangue de Cristo. Santa Catarina, santa dominicana, saudava o Sangue de Jesus, mergulhada e queria que todos se mergulhassem no Sangue do Redentor. Quem apresentou esta Santa a Pallotti, foi seu grande amigo São Gaspar Del Búfalo.
Pallotti se identifica com um grande doutor e místico, São João da Cruz. Com o seu nada e coisa alguma. Buscando somente Deus, um Deus Uno, onde todas as criaturas serão transformadas. No amor a Deus, em João da Cruz, Pallotti se identifica pela fome e sede de Deus que o místico contemplava, frutos da sabedoria e da ciência do Espírito Santo.
São Vicente dedicou seus atos em honra à Santíssima Trindade, sobre a proteção da Sagrada Família de Nazaré, inspirado por São Vicente Ferrrer, em referência ao seu nome batismal.
Deste modo, por exemplo, Pallotti escrevia:
Por um gesto muito especial da divina misericórdia, do amor do S. N. Jesus Cristo, da Proteção da nossa mais que enamoradíssima Mãe Maria virgem imaculada, de S. Jose seu castíssimo Esposo, S. João Batista, de S.João Evangelista, de S. Joaquim e S. Ana, de S. Zacarias e S. Isabel, dos Nove Coros dos Anjos, dos SS. Patriarcas e profetas, dos SS. Apóstolos, Evangelistas, Discípulos do S. N. J. Cristo, Inocentes, Mártires, Pontífices, Doutores Confessores, Sacerdotes, Levitas, Monges, Eremitas virgens, Viúvas e das Almas santas do Purgatório.
 
Pallotti andava persuadido da própria miséria e da miséria que afligia a humanidade. Isso por que Pallotti leu uma citação de Santa Teresa de Jesus, na qual a Santa achava que tinha recebido infinitas graças quando se humilhava. Este então era o motivo de São Vicente Pallotti sempre reconhecer as tuas próprias misérias e se julgar tanto por elas.
Pallotti não recorria somente aos santos para si, mas também colocava seus penitentes sobre a proteção deles. Quando era penitente homem colocava sobre a proteção de São Pedro ou outro Santo do sexo masculino. Se fosse uma mulher, colocava sobre a proteção de Santa Maria Madalena ou outra Santa Penitente.

            Pallotti era impelido por uma espiritualidade de gratidão a Deus Pai pelo seu amor Infinito, que em Cristo o fez sua imagem e semelhança. Assim, via no Cristo, seu irmão e tendo uma parentela sobrenatural, pois considera também todos os santos como seus irmãos, ou seja, tinha uma família também no céu.