domingo, 20 de maio de 2012

São Vicente Pallotti e a Virgem Maria

São Vicente Pallotti e a Virgem Maria

Sem. Moisés Melo Vieira Torres SAC

São Vicente Pallotti foi um homem profundamente mariano, Maria ocupou um lugar muito especial em sua vida e em sua fundação.

Como ele queria de todas as formas possíveis, desenvolver o apostolado de Jesus Cristo, via a Mãe de Deus como a mestra, com quem ele deveria aprender a ser realmente um apóstolo, pois agradava lhe muito a idéia de que ela mesmo sem os poderes sacerdotais e os múnus da pregação, houvesse se tornado a Rainha dos Apóstolos, sendo portanto, um sinal e exemplo de apostolado para todos na Igreja, e sob esse título colocou Maria como padroeira de sua fundação, a União do Apostolado Católico.
A sua devoção teve grande influencia de sua mãe, pois foi com ela que ele aprendeu a amar Nossa Senhora, particularmente sob o título de Imaculada Conceição, fazendo o voto de crer nesse dogma, muito antes da Igreja o proclamar.
Pallotti amava tanto Nossa Senhora, que inúmeras vezes em seus escritos, lhe faltava palavras para expressar o quanto ele a amava e se sentia amado por ela. Às vezes escrevia: “Minha Santíssima e mais que enamoradíssima Mãe”, ou então. “Minha mais que amorosíssima e santíssima Mãe”, ou ainda “Diletíssima, puríssima e amantíssima Mãe”, ainda assim achava que seu amor a Maria, era pouco e pedia a graça de amá-la infinitamente e dizia: “Jamais descansarei, enquanto não tiver alcançado, se fosse possível, um amor infinitamente terno a dulcíssima e amantíssima Mãe Maria”.
Para honrar mais a Rainha dos Céus, Pallotti se propõe nas quartas e sextas-feiras, jejuar e rezar o terço de Nossa Senhora das Dores e aos sábados, rezar o ofício de Nossa Senhora. Mas foi no último dia do ano de 1832, que a devoção de Pallotti à Maria, chega ao seu ponto culminante, quando misticamente, a Virgem Maria lhe propõe um matrimônio espiritual como ele mesmo diz:

No último dia do ano 1832, a grande Mãe da Misericórdia sobre a ingratidão e inconcebível indignidade do mais miserável que jamais se viu ou possa existir entre os súditos de seu reino de misericórdia, se dignou misericordiosíssimamente fazer o matrimônio espiritual com tal súdito e lhe dá como dote quanto possui e lhe faz reconhecer o próprio Filho divino e, sendo ela a esposa do Espírito Santo, se empenha para que seja todo internamente transformado pelo Espírito Santo. (...) Cantarei para sempre as misericórdias do senhor. Cantarei para sempre as misericórdias de Maria. (OO CC X)

Mas entre todos os seus escritos, só se encontra um relato deste grande acontecimento, pois pelo fato de ter sido uma experiência muito íntima, procurou guardar para si. A nós porém é mostrado apenas o fruto dessa sua união com Maria, principalmente através da autoria de três livros intitulados “Mês de Maio”, do qual Maria fala através dele e chama os sacerdote, os religiosos e os leigos a uma reflexão diária, durante todo o mês dedicado a ela.

Se percebe claramente, como depois desse desfecho surpreendente, Pallotti se assemelha mais e mais, à Cristo, na pessoa de Maria. Ele dizia que os maiores santos, eram marianos e exortava as pessoas a os imitarem, contudo, ele também é um grande modelo de devoção a Nossa Senhora, pois propagava incansavelmente seu culto e devoção a todas as pessoas.





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