domingo, 29 de julho de 2012

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Card. Filoni aos formadores : "a Igreja é missionária"

VATICANO - O Card. Filoni aos formadores: os seminaristas devem ser ajudados a se conscientizarem de que a Igreja é missionária, e se tornar sacerdote significa ser enviado em missão Bangui (Agência Fides) 

"A unidade dos educadores e a colaboração sincera entre eles tornam possível a adequada realização do projeto educacional e do programa de formação e, em particular, oferecem aos candidatos ao sacerdócio um exemplo significativo e concreto da comunhão eclesial, que constitui um valor fundamental da vida cristã e do ministério pastoral." 

Foi a recomendação feita pelo prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, aos formadores do Seminário São Marcos e do propedêutico encontrados na manhã desta quinta-feira em Bangui, no início de sua visita pastoral à República Centro-Africana, aonde chegou na quarta-feira. O Prefeito do Dicastério Missionário ressaltou que a formação espiritual dos seminaristas deve ser orientada de modo que "adquiram um profundo espírito missionário, virtudes humanas e o sentido eclesial. Os seminaristas devem ser ajudados a tomar consciência de que a Igreja é missionária por sua natureza. E tornar-se sacerdote significa ser enviado em missão, que consiste principalmente em testemunhar a sua fé e a sua caridade

Entre os valores humanos que os seminaristas devem cultivar, o cardeal citou o sentido da honestidade, da responsabilidade e da palavra dada, o amor pela verdade e a justiça. A dimensão eclesial compreende um grande amor pela Igreja de Cristo, um humilde e filial apego à pessoa do Santo Padre, a adesão filial ao próprio bispo e as relações de amizade e de solidariedade com os outros. "Para que alcancem uma vida espiritual sólida e satisfatória, os seminaristas necessariamente precisam de meios de tipo ascético, sacramental e litúrgico", prosseguiu o Cardeal Filoni, indicando a celebração eucarística - "que deve ser o centro da vida do seminário", a Liturgia das Horas, a devoção filial à Virgem Maria expressa, em particular, com a oração do Terço, o sacramento da Penitência, e os retiros. 

Particularmente, o prefeito de Propaganda Fide convidou os formadores a fazerem de modo que os seminaristas adquiram "uma maturidade afetiva", ideias claras e uma convicção íntima sobre a inseparabilidade entre celibato, castidade e graça do sacerdócio. "Ensinai-lhes que o sacerdócio requer uma doação total de si: corpo, coração, vontade e toda capacidade de amar a Deus." A observância das obrigações sacerdotais comporta indubitavelmente grande espírito de sacrifício, por isso o purpurado convidou os formadores a não omitirem as dificuldades aos seminaristas, de modo que eles sejam capazes de assumir esses compromissos "com plena consciência e grande responsabilidade". 

Outro aspecto importante da vida dos seminaristas é constituído pelo estudo, vez que "os futuros sacerdotes precisam de uma boa formação doutrinal que compreende, de um lado, a cultura geral de base, e, de outro, as ciências sagradas", recordou o prefeito do dicastério missionário. Diante de todas essas exigências, reveste particular importância o discernimento que os formadores são chamados a fazer, a fim de que os candidatos ao sacerdócio sejam "dignos e idôneos, verdadeiros discípulos de Cristo e autênticos servidores da Igreja"

Por fim, o Cardeal Filoni evidenciou: "É necessário para o formador não somente saber transmitir a doutrina, mas também e, sobretudo, saber dar o exemplo de vida, para ser modelos e exemplos para os jovens". 
(SL) (Agência Fides 19/07/2012)

 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Reflexão sobre o Relicário de São Vicente Pallotti – Província São Paulo Apóstolo




Nos últimos 300 anos, a Igreja não esteve habituada a ver um relicário com o formato de uma arca, mas a história da Igreja registra que os relicários desde os primórdios eram feitos assim.
Nosso relicário acondiciona dois objetos raros. Um fragmento do corpo de São Vicente Pallotti e uma veste usada por ele em seu ofício sacerdotal. O corpo criado à imagem e semelhança de Deus e a estola, sinal de sua veste batismal.
Sua forma de arca (tenda ou casa) sugere a figura do templo. A estrutura de metal indica a resistência; e o vidro, a transparência e o testemunho; o telhado é a proteção divina, como se fossem as asas de Deus ou suas próprias mãos.
No telhado, parte mais visível, está a identificação do carisma (Charitas Christi urget nos). Na parte superior da face transparente, encontra-se a informação do que o relicário transporta (Excorpore SVP). Nas paredes laterais, onde é possível ver o interior do relicário, foram impressas as datas referentes à vida do santo (AD 1795 – AD 1850) e a referência ao Ano Jubilar (AD 1963 – AD 2013). Ao redor de toda a peça, chamas foram distribuídas nas partes superior e inferior, sugerindo as centelhas pentecostais que pousam sobre toda a Igreja. Isso forma o conjunto com os dois ícones impressos nas paredes menores da peça: a Pomba, sinal do Espírito Santo e Maria do Cenáculo.
O relicário em formato de arca evoca a própria História da Salvação. Noé construiu a Arca, que abrigou o povo que deu início a uma nova humanidade lavada do pecado. A Arca da Aliança, que abrigou as Pedras da Lei e acompanhou o Povo de Deus pelo deserto a caminho da Terra Prometida, que depois entrou triunfante em Jericó e foi conservada para ser definitivamente abrigada no templo de Salomão. Após o período dos Reis, quando o povo viveu um obscuro tempo de exílio, perseguições e diáspora, a Arca da Aliança desapareceu, mas oResto de Israel que conservou, a duras provas, a fé nas promessas feitas a Abraão, cultivou a linhagem de Davi, donde brotou a mais perfeita mulher, Maria, a Arca da Nova Aliança, cujo seio trouxe ao mundo, o Messias Salvador.
A peregrinação do relicário pelo território nacional é a Igreja Peregrina neste mundo em direção à pátria definitiva. O relicário quer ser um símbolo do Ano Jubilar Palotino, que convida as pessoas à oração, à adoração da Trindade e a acreditar que a Fé Cristã se baseia na Caridade de Cristo que nos impele.
Pe. José Elias Fadul, SAC.

(Texto elaborado a partir da exposição feita por Cláudio Pastro, na missa de abertura do Ano Jubilar, na Paróquia Rainha dos Apóstolos – Vila Monumento em 25.05.2012)

Peregrinação das Relíquias de São Vicente Pallotti

Palotinos Rio de Janeiro


A Comissão "Família Palotina em festa" como parte das atividades do Ano Jubilar de  Canonização de São Vicente Pallotti, preparou uma peregrinação das relíquias do Santo por todas as comunidades Palotinas do Brasil.
As relíquias são formadas por um fragmento do osso do dedo da mão, chamada de ex corpore ou relíquia de primeiro grau e a outra é uma estola utilizada pelo santo e conservada pela Provincia São Paulo Apóstolo, chamada de relíquia de segundo grau. O conjunto do relicário é formado por seis peças: o próprio relicário, a caixa de transporte, o suporte para o relicário, os dois bastões que acompanham o suporte e o estojo para os bastões.
A peregrinação teve início no dia 23 de Março de 2012 e depois de percorrer  as Comunidades Palotinas do Brasil, será concluída no dia 26 de janeiro de 2013, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida/SP.


O programa de peregrinação em Região da Mãe da Misericórdia (Rio de Janeiro)


30.08 – 06.09 Seminário - Rio de Janeiro.
07 – 09.09 Postulado (Festival Palotino e encontro dos jovens Consagrar-te-ei ) -
Guapimirim.
10 – 12.09 Paróquia N.Sra. da Imaculada Conceição – Cachoeiras de Macacu RJ.
13 – 16.09 Paróquia de São Sebastião – Volta Grande MG.
17 – 19.09 Paróquia de Santa Ana – Guidoval MG.
20 – 23.09 Paróquia de Santa Rita - Itaperuna RJ.
24 – 27.09 Paróquia de N.Sra. do Rosário de Fátima RJ.
28 – 30.09 Paróquia de São Benedito – Itaperuna RJ.
01 – 04.10 Paróquia de N.Sra. de Fátima – Niterói RJ.
05 – 07.10 Paróquia de São Sebastião – Itaipu RJ.
08 – 10.10 Paróquia de N.Sra. de Fátima – Itaipuaço RJ.
11 – 13.10 Paróquia de N.Sra. dos Navegantes - RJ.
14 – 17.10 Paróquia de Santa Isabel – RJ.
18 – 21.10 Paróquia de São Roque – RJ.
22 – 24.10 Paróquia de Divina Misericórdia – RJ.
25 – 28.10 Comunidade das Irmãs Palotinas – RJ.
29 – 30.10 Seminário e Término da peregrinação

sexta-feira, 6 de julho de 2012

BEATO JÓZEF STANEK SAC

fonte: NOTICIÁRIO UAC (outubro e novembro de 2011)

Queridos irmãos e irmãs da União
Temos o prazer de apresentar neste boletim algumas informações sobre o BEATO JÓZEF STANEK SAC preparada pelo Padre Jan Korycki, SAC, Postulador Geral da Sociedade do Apostolado Católico junto com outras notícias da UAC.


1.            MEMBROS DA UAC PROCLAMADOS BEATOS
O Bem-aventurado Józef (José) STANEK, mártir, padre Palotino, nasceu no dia 04 de Dezembro de 1916 em Łapsze Niżne (Polônia), foi batizado no dia seguinte. Aos seis anos perdeu seus pais. Após ter terminado os estudos no ginásio dos palotinos em Wadowice em 1935 entrou no seminário com eles e no dia 15 de Agosto 1937 fez sua primeira consagração. Ordenado sacerdote no dia 7 de Abril de 1941. Durante a ocupação nazista dedicou-se ao trabalho pastoral e ao mesmo tempo frequentou clandestinamente os cursos universitários de sociologia em Varsóvia. Após explodir a Revolta de Varsóvia (1.08.1944), que visava livrar a cidade dos invasores, tornou-se o capelão dos revolucionários. Com dedicação incomum assumiu a Pastoral e o ministério da caridade para com os necessitados. Não aproveitou da oportunidade oferecida para salvar-se podendo atravessar o rio Wisła em uma barca. Deixou o seu lugar a um ferido e ele permaneceu com os “sitiados” para não privá-los da assistência religiosa. Mesmo tendo consciência que a continuação da revolta não teria sentido, fez todo o possível para salvar o máximo número de pessoas. Por esta razão também procurou falar com os ocupantes. Foi preso por militares nazistas, quando foi ao comando alemão para pedir a rendição dos combatentes; no dia seguinte, 23 de Setembro de 1944, foi enforcado diante dos olhos das pessoas martirizadas  naquele mesmo momento pelos invasores no local da execução. Ele tinha apenas 28 anos. Foi beatificado pelo Papa João Paulo II juntamente com 107 outros mártires da Igreja da Polônia no dia 13 de Junho de 1999 em Varsóvia.
Ryszard Czugajewski, escritor, um dos maiores promotores da Causa de Beatificação, publicou um livro sobre Padre Stanek, intitulado "Ele amou até ao fim" (Umiłował do końca). Este título pode ser reconhecido como uma síntese da espiritualidade do Beato. Seu zelo pastoral  foi notado em cada serviço sacerdotal durante  apenas três anos em meio a um clima particular da ocupação nazista, de perseguição à Igreja e, por outro lado, o despertar do patriotismo da população de Varsóvia que organizava a resistência de várias maneiras. Numerosas testemunhas observaram que a motivação fundamental para o trabalho de Pe. Josef foi o amor a Deus. Entre outros, Padre Józef Dąbrowski, coirmão Palotino e colega dos tempos dos estudos, declara: “Considerando a vida de Pe. Stanek na perspectiva de hoje, tenho convicção de que ele se sentiu impelido a viver sempre guiado por um amor excepcional a Deus ... preparou a oferta heróica de sua vida em defesa da fé e da nação”.
A situação extremamente difícil em que ele se encontrava após a Revolta de Varsóvia, fizeram ver de modo particular o heroísmo de seu amor pelo próximo, quando como capelão dos revolucionários, sem combater com armas na mão, se sacrificava colocando em perigo a vida para poder dar assistência caritativa e pastoral aos moribundos, aos feridos e a todos os que estavam sofrendo. Seu amor pelo próximo se manifestava de maneira extraordinária em um fato relatado pela Sra. Stanisława Żórawska, testemunha ocular de sua morte. Ela relata como Pe. Stanek não aproveitou da possibilidade, já mencionada, de salvar sua vida "porque ele acreditava que, como sacerdote, ele seria útil tanto para os homens combatentes, como para os revolucionários, como também para as pessoas que sofriam e agonizavam”.

P. Józef Warszawski SJ, também ele capelão, capturado junto com outros revolucionários  disse o seguinte: “Emergia, de fato, das profundezas das ruínas, uma longa fila de pessoas. Vinham ao nosso encontro [...] precedidas pelos uniformes dos alemães, depois dos quais vinha um sacerdote. [...] Finalmente pude distinguir: era um Palotino, Padre Józef Stanek”. Os nazistas “o batiam com os punhos no rosto até chegar  às nossas filas.  Ao realizar isto, gritavam seu “credo” nazista com as palavras: “Estes são os piores! Não os Ingleses! Não os Hebreus! Mas estes com as batinas pretas! Estes são os demônios!!" ... Puxando aqui e ali,  o empuravam em direção próximo às ruínas ... E assim morreu – “in odium fidei et vindictae” (em um ódio à fé e por vingança).
                Uma outra testemunha ocular, a Sra. Halina Darska completa o quadro dizendo: “No dia 23 de Setembro de 1944, antes do meio dia, os revolucionários em Czerniakow que permaneciam vivos, juntamente com a população civil foram recolhidos pelos Alemães entre as ruínas de uma fábrica em Solec. Vi um sacerdote que estava próximo a um muro com a batina, mas sem sapatos, de cabeça descoberta. As pessoas que já estavam lá, informavam que se tratava de um sacerdote “Rudy” (isto é,  Pe. Józef Stanek) ... perto do padre foram levadas duas jovens ... Depois de um breve espaço de tempo o padre e as duas jovens foram levadas entre as ruínas do pavilhão, onde - das vigas de ferro - já penduravam alguns dos revolucionários. Os nazistas começaram a falar com os três, mas nós não conseguimos entender o que eles diziam ... No momento em que reconduziam fora das  ruínas, já colocavam as cordas no pescoço das jovens e do padre e as cordas eram puxadas para cima. O padre levantou visivelmente, talvez uma ou ambas as mãos, como se para cumprimentar, abençoar ou absolver todos os presentes no pavilhão, não em número inferior a 200 pessoas. Esta imagem do padre permaneceu na minha memória”. A senhora Małgorzata Lorentowicz acrescenta: “Padre José estava com os braços elevados, como no gesto de dar a bênção, e seus lábios se moviam, como se rezasse. Ele estava em absoluto silêncio, calmo, em plena resignação à morte”.
                O corpo do mártir, sob as ordens dos militares, ficou por algum tempo na forca com o objetivo de assustar as pessoas obrigadas a passarem na proximidade do lugar.
                De acordo com testemunhas oculares, desde o início da vida Palotina do nosso Beato se poderia ver nele um compromisso a dedicar sua vida inteiramente à glória de Deus. Ele se distinguia por uma grande fé em Deus e a irradiava ao próximo. Esforçava-se em convencer os vizinhos a confiar tudo à Providência divina e, se fosse necessário, aceitar com dignidade até mesmo a morte, acreditando que essa não seria inútil, mas que serviria como mensagem para os outros.

                O grande número de pessoas que tinha conhecido Padre Stanek e aquelas que assistiram a execução, sempre interpretaram a sua morte como martírio pela fé e pelo seu país. Todas as testemunhas chamadas em causa confirmaram esta convicção. Também são atribuídos à sua intercessão diversas graças obtidas de Deus. Sua memória litúrgica é comemorada no dia 12 de Junho, juntamente com o Beato José Jankowski. 

Festival Palotino da Canção & Consagra-te-ei!

Divulguem ...